Informativo Mensal: Balança Comercial da Região Metropolitana de Campinas Janeiro / 2020

Responsável:

Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira

Sumário Executivo

O Observatório PUC-Campinas tem como missão compartilhar com a comunidade interna e externa conhecimentos gerados a partir do acompanhamento de dados e indicadores que refletem a realidade socioeconômica da Região Metropolitana de Campinas (RMC).  Esta ação é importante, pois os primeiros passos para discussão e formulação de políticas de desenvolvimento regional passam, necessariamente, pela compreensão da realidade socioeconômica regional por parte dos diversos atores da sociedade.

Neste sentido, este informativo apresenta e discute, em linhas gerais, os principais dados da balança comercial da RMC para o mês de dez/2019. Os dados utilizados nas análises são da base do Ministério da Economia[1].

Além da apresentação dos dados da balança comercial, agregados e desagregados por município, apresenta-se a qualificação da pauta de exportação e importação da RMC, a partir de cruzamentos dos dados de comércio com os Índices de Complexidade Econômica de Produtos, calculados pelo Observatório de Complexidade Econômica do MIT Média Lab[2].

Dentre as informações analisadas, destacam-se:

  1. Houve decrescimento de 18,3% nas exportações da RMC, enquanto as importações cresceram 1,2%, resultando em aumento de 20,9% no déficit regional, em dezembro/2019.
  2. Houve queda na exportação de medicamentos (média-alta), agroquímicos (média-média), [P1] [PO2] veículos (média-alta) e partes e acessórios de veículos (média-alta). Enquanto isso, houve aumento da exportação de bombas a vácuo ou ar, compressores e ventiladores (média-alta complexidade), pneus (média-média) e algodão não cardado nem penteado (baixa).
  3. Do lado das importações, destaca-se o crescimento das compras externas de inseticidas, fungicidas, herbicidas (média-média), aparelhos elétricos para telefonia, telegrafia (média-alta) e partes e acessórios para máquinas e escritório (média-alta). Houve queda na importação de circuitos eletrônicos integrados (média-alta) e partes e acessórios de veículos (média-alta).
  4. Em 2019, a RMC importou 13,4 bilhões de dólares, enquanto exportou aproximadamente um terço deste valor, 4,4 bilhões de dólares. Como resultado, acumulou déficits comerciais no montante de 9 bilhões de dólares.
  5. Os dados sugerem maior atividade econômica, no acumulado do ano, para segmentos da indústria química, farmoquímica e agroquímica, mas indicam desaquecimento em segmentos da indústria automobilística e eletrônica.

Em suma, o déficit comercial da RMC continua em expansão. Para o desenvolvimento econômico sustentado, é desejável a redução da dependência externa, e o aumento da competitividade externa (exportações), sobretudo em produtos de maior complexidade econômica. 

Balança Comercial e Complexidade em dez/2019

A Tabela 1 traz os dados da balança comercial da RMC para os meses de dezembro entre 2009 e 2019.

Tabela 1 – Balança Comercial da RMC para o mês de dezembro entre 2009 e 2019, valores em milhões de USD/FOB.

Período Valor Exp. % Exp. SP Valor Imp. % Imp. SP Saldo RMC Saldo SP
dez/09 402,33 8,97 762,21 16,33 -359,88 -181,99
dez/10 477,32 8,77 928,55 16,66 -451,23 -135,22
dez/11 418,68 7,24 971,67 15,17 -552,99 -627,32
dez/12 369,01 6,80 939,81 17,00 -570,80 -104,43
dez/13 380,88 7,46 960,92 14,99 -580,04 -1303,02
dez/14 348,23 7,11 929,34 13,92 -581,11 -1775,84
dez/15 333,41 6,87 704,58 18,15 -371,17 969,28
dez/16 381,38 7,86 754,91 17,61 -373,53 564,66
dez/17 376,92 7,55 857,27 19,49 -480,35 591,73
dez/18 444,38 8,88 882,40 20,39 -438,03 678,64
dez/19 363,03 8,08 892,80 21,60 -529,77 358,70

Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Ministério da Economia.

A partir dos dados da Tabela 1, é possível verificar que as exportações de dez/2019 – 363,03 milhões de dólares – apresentaram decrescimento de -18,3% em relação ao mesmo período de 2018, configurando-se como o resultado mais baixo desde 2014 para o mês . Por outro lado, a participação nas exportações do estado de São Paulo (8,08%) manteve-se nos patamares históricos mais altos, indicando que, apesar da queda nas exportações, a RMC  manteve sua participação relativa nas exportações do estado. As importações totalizaram 892,80 milhões de dólares, no mesmo período, um decrescimento de -1,2% em comparação a dezembro de 2018. A participação da RMC nas importações do estado (21,6%) foi a maior da década. Houve crescimento de 20,9% no déficit da balança comercial regional. É preciso destacar que enquanto o déficit regional chegou a -529,77 milhões de dólares, o Estado de São Paulo contabilizou superávit de +358,70 milhões de dólares no mês de dezembro. Em outras palavras, sem o déficit da RMC, o estado de São Paulo teria tido um superávit de 888,48 milhões de dólares.

A Tabela 2 mostra as exportações da RMC para o mês de dezembro de 2019, agregadas[L3] [PO4]  de acordo com o grau de complexidade econômica dos produtos exportados. Produtos considerados mais complexos são produzidos em países com maior grau de sofisticação tecnológica das estruturas produtivas[3], portanto com maiores níveis de produtividade e renda.  Esses produtos demandam mais conhecimento para serem produzidos, e estão associados à demanda por mão de obra mais qualificada e maiores salários.

Tabela 2 – Grau de Complexidade das Exportações – comparação entre dezembro/2019 e dezembro/2018, valores em milhões de USD.

*Exclusive serviços de bordo e demais produtos sem classificação.

Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Ministério da Economia e Observatório da Complexidade Econômica.

Considerando-se as categorias de maior participação no volume das exportações regionais, houve queda considerável no valor exportado de produtos das categorias de média-alta complexidade (-24,94%) e média-média complexidade (-10,53%). Os principais produtos relacionados à queda nas exportações de média-alta foram medicamentos (-15,47%), automóveis (-67,99%) e peças e acessórios para veículos motorizados (-36,75%). O decrescimento só não foi maior devido ao aumento das exportações de produtos da categoria de bombas de ar, vácuo, compressores e ventiladores (+168%), entre outros produtos. O decrescimento na categoria de média-média complexidade (-10,53%) deu-se, sobretudo, pela queda das vendas externas de inseticidas, fungicidas, herbicidas (-12,3%), polímeros de propileno ou outras olefinas (-7,2%), máquinas para construção civil (-15,04%), e polímeros de etileno (-62,56%). O decrescimento foi contrabalanceado pelo aumento nas exportações de pneus novos (+27,85%) e preparados de carne (+21,64%).

Em relação à alta complexidade, houve decrescimento de (-32,65%) no volume exportado regional. Os principais produtos relacionados a esta queda foram equipamentos para análises físicas e químicas (-24,22%) e máquina para centros de usinagem (-64,49%). O aumento das exportações de baixa complexidade (103,67%) deu-se pelo aumento das exportações de algodão não cardado nem penteado (+102,4%), como também ocorreu em meses anteriores. Por fim, o pequeno crescimento da categoria de média-baixa complexidade (+0,04%) deu-se, sobretudo, pelo aumento de +7,88% nas exportações de óleo de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto bruto, que foi contrabalanceado, sobretudo pela queda de -9,29% das vendas externas de sabões(-26,83%).

A Tabela 3 mostra as importações da RMC para o mês dezembro de 2019, agregadas de acordo com o grau de complexidade econômica dos produtos importados.

Tabela 3 – Grau de Complexidade das Importações – comparação entre dezembro/2019 e dezembro/2018, valores em milhões de USD.

*Exclusive produtos sem classificação.

Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Ministério da Economia

Nota-se que houve decrescimento do valor importado das categorias de média-baixa e alta complexidade. De maneira geral, o decrescimento de -1,2% nas importações ocorreu pelo baixo crescimento das importações nas principais categorias de produto (média-média e média-alta ) e decrescimento das demais categorias.

Na categoria de média-alta complexidade, houve aumento expressivo da importação de telefones e partes (+14,74%) e partes e acessórios para máquinas de escritório (+82,97%), que foram contrabalanceados pela queda na importação de circuitos eletrônicos integrados (-6,64%), partes e acessórios de veículos (-24,30%), e compostos heterocíclicos de nitrogênio (-24,30%). Para a categoria de média-média complexidade (variação de +1,98%), destaca-se o aumento das importações de inseticidas, fungicidas e herbicidas (+10,78%), polímeros de cloreto de vinila (PVC) (+563%) e níquel em forma bruta (+661%). Tais aumentos foram contrabalanceados negativamente pela queda na importação de carbonatos (-8,67%).

Na categoria dos produtos de média-baixa complexidade (-6,68%), houve, sobretudo, a queda nas importações de fertilizantes químicos ou minerais nitrogenados (-4,15%). A queda foi balanceada pelo aumento na importação de sementes, frutos e esporos (+44,12%), bem como cebolas, chalotas, alho, alho-poró, etc. (frescos ou refrigerados) (+55,14%). Cabe destacar que, em dezembro de 2019, houve importação de fertilizantes químicos ou minerais fosfatados (1,5 bilhão de dólares), o que não ocorreu em dezembro de 2018.

Por fim, o aumento das importações de baixa complexidade (71,33%) está associado ao aumento das importações de borracha natural (+94,95%) e sementes oleaginosas (+25,85%). Enquanto isso, o decrescimento nas importações de produtos da alta complexidade (-26,86%) deu-se pela queda da importação de  placas de ferramentas, pontas, etc., carboneto de metal sintetizado, cermet (-17,54%) e de equipamentos para análises físicas e químicas (-8,92%), entre outros.

Balança Comercial e Complexidade no Acumulado do ano de 2019

A Tabela 4 apresenta os dados da balança comercial da RMC, desagregados para os doze meses do ano de 2019.

Tabela 4 – Balança Comercial Regional 2019 – valores em milhões de USD/FOB.

Mês Valor das Exp. % Exp. SP Valor das Imp. % Imp. SP Saldo RMC Saldo SP
Janeiro 310,63 8,29% 1140,04 21,98% -829,41 -1441,13
Fevereiro 336,97 8,33% 899,88 20,21% -562,91 -408,12
Março 368,94 8,86% 994,83 21,87% -625,89 -387,34
Abril 393,37 7,96% 1110,29 21,56% -716,93 -208,77
Maio 367,21 7,68% 1232,78 23,25% -865,56 -522,87
Junho 344,16 8,67% 1065,25 23,06% -721,09 -649,37
julho 394,67 9,17% 1306,89 23,84% -912,22 -1177,57
Agosto 426,43 10,04% 1187,39 22,75% -760,97 -970,98
Setembro 409,73 9,56% 1223,92 24,50% -814,19 -708,75
Outubro 379,23 8,91% 1353,53 24,16% -974,30 -1345,54
Novembro 366,87 8,18% 1078,15 23,00% -711,28 -199,87
Dezembro 363,03 8,08% 892,80 21,60% -529,77 358,70
Total 4461,23 13485,74 -9024,51 -7661,60

Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Ministério da Economia e Observatório de Complexidade Econômica.

Em 2019, a RMC importou 13,4 bilhões de dólares, enquanto exportou 4,4 bilhões, o que representa aproximadamente 1/3 do valor importado. O desequilíbrio entre importações e exportações rendeu um déficit comercial regional de 9 bilhões de dólares, superando o déficit comercial do estado de São Paulo, que foi de 7,6 bilhões. Em 2018, as exportações foram de 4,7 bilhões de dólares, enquanto as importações totalizaram 12,7 bilhões. Com isso, houve crescimento de 14,17% no déficit da balança comercial regional.

A Tabela 5 apresenta os principais produtos exportados em 2019.

Tabela 5 Principais produtos exportados pela RMC em 2019 – valores em milhões de USD/FOB

Rank NCM Produto Valor Exp. 2019 Var. % 18/19 Complexidade
1 3004 Medicamentos 306,76 0,33% média-alta
2 8708 Partes e acessórios para veículos motorizados 216,82 -18,56% média-alta
3 3902 Polímeros de Propileno ou outras olefinas 203,47 6,91% média-média
4 8703 Automóveis 198,40 -56,55% média-alta
5 4011 Pneus 172,11 10,18% média-média
6 8409 Peças para motores de ignição por combustão interna 163,72 -13,53% média-alta
7 8414 Bombas de ar ou vácuo, compressores, ventiladores de ventilação, etc. 163,59 136,29% média-alta
8 3808 Inseticidas, fungicidas, herbicidas 146,39 5,43% média-média
9 3901 Polímeros de Etileno 125,35 -9,30% média-média
10 8429 Máquinas para construção civil 105,54 -7,57% média-média
11 1602 Preparação de carne, miudezas ou sangue 96,55 21,78% média-média
12 4811 Papel 85,75 -1,35% média-alta
13 8413 Bombas para líquidos 83,96 -8,60% média-alta
14 8501 Motores e geradores elétricos 77,68 5,26% média-alta
15 8511 Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição para motores 72,48 38,89% média-alta

Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Ministério da Economia

            Os produtos listados na Tabela 5 totalizam aproximadamente 50% das exportações totais do acumulado do ano. De modo geral, houve aumento das exportações de 8 dos 15 produtos mais exportados da RMC, em relação ao mesmo período do ano passado. Nota-se que as exportações do complexo automotivo (automóveis e peças, capítulo 87) fecharam o ano em queda, com destaque para automóveis de passageiros (-56,55%), em parte pela crise econômica no principal mercado de destino desses produtos, a Argentina. Destaca-se também a queda das exportações de plásticos (polímeros de etileno) e aumento de polímeros de propileno, importante setor da RMC.

No geral, os dados acumulados confirmam a tendência de aumento nas exportações de agroquímicos. Houve alta, também, nas exportações de medicamentos, pneus, bombas de ar ou vácuo, bombas para líquidos e conservados de carne. 

A Tabela 6 apresenta os principais produtos importados, em 2019, pela RMC.

Tabela 6Principais produtos importados pela RMC em 2019 – valores em milhões de USD/FOB

Rank NCM Produto Valor Imp. 2019 Var. % 18/19 Complexidade
1 3808 Inseticidas, fungicidas e herbicidas 1972,15 64,63% média-média
2 8517 Aparelhos elétricos para telefonia, telegrafia 1146,52 2,78% média-alta
3 8542 Circuitos eletrônicos integrados e micromontagens 1100,43 -8,94% média-alta
4 2933 Heterocíclicos de nitrogênio e ácido nucleico 645,55 45,41% média-alta
5 8708 Peças e acessórios para veículos motorizados 546,29 -15,70% média-alta
6 8473 Peças e acessórios para máquinas de escritório 353,31 2,16% média-alta
7 2934 Ácido nucleico e seus sais e outros compostos de heterocíclicos 320,26 23,37% média-alta
8 8471 Máquinas de processamento automático 293,48 8,70% média-alta
9 3002 Sangue, antissoros, vacinas, toxinas e culturas 240,72 21,58% média-alta
10 2931 Outros compostos orgânicos e inorgânicos 229,31 36,89% média-alta
11 3004 Medicamentos 170,84 0,71% média-alta
12 2941 Antibióticos 166,39 22,55% média-alta
13 2930 Compostos organo-enxofre 142,51 101,23% média-alta
14 8409 Peças para motores de ignição por combustão interna 132,82 -24,96% média-alta
15 4002 Borracha sintética 119,70 -15,12% média-alta

Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Ministério da Economia e Observatório de Complexidade Econômica.

Os produtos listados na Tabela 6 totalizam aproximadamente 56% das importações realizadas pela RMC em 2019. Destaca-se o crescimento expressivo das importações de inseticidas, fungicidas, herbicidas e outros; aparelhos elétricos para telefonia, telegrafia; compostos heterocíclicos de nitrogênio, ácido nucleico e seus sais e outros compostos de heterocíclicos (insumos da indústria química e farmacêutica); outros compostos orgânicos e inorgânicos; máquinas de processamentos automáticos; sangue, antissoros, vacinas, toxinas e culturas; e antibióticos. Houve queda na importação de circuitos eletrônicos integrados; peças e acessórios para veículos; peças e acessórios para máquinas de escritórios; peças para motores de ignição por combustão; borracha sintética; e medicamentos.

Assumindo que a importação de insumos pode caracterizar maior ou menor atividade econômica nos setores relacionados, os dados apontam para crescimento na atividade de segmentos da indústria química e farmoquímica, enquanto reforça as previsões de desaquecimento em segmentos dos setores de eletrônica e automobilístico.

A Tabela 7 traz os dados da balança comercial para os municípios da RMC, para o ano de 2019.

Tabela 7 – Balança Comercial dos Municípios da RMC – 2019, valores em milhões de USD/FOB.

Município Valor Exportado % EXP. RMC Valor Importado % IMP. RMC Saldo
CAMPINAS 1103,43 24,73 2947,90 21,86 -1844,47
PAULÍNIA 865,19 19,39 3904,77 28,95 -3039,58
INDAIATUBA 466,49 10,46 1096,92 8,13 -630,42
SUMARÉ 458,23 10,27 1025,05 7,60 -566,81
VINHEDO 305,46 6,85 583,20 4,32 -277,74
SANTA BÁRBARA D’OESTE 197,82 4,43 108,42 0,80 89,40
AMERICANA 181,95 4,08 366,62 2,72 -184,67
COSMÓPOLIS 172,28 3,86 89,03 0,66 83,25
ITATIBA 138,63 3,11 311,40 2,31 -172,78
VALINHOS 132,86 2,98 372,29 2,76 -239,43
MONTE MOR 101,77 2,28 124,42 0,92 -22,65
SANTO ANTÔNIO DE POSSE 101,56 2,28 38,65 0,29 62,91
NOVA ODESSA 101,17 2,27 91,25 0,68 9,92
HORTOLÂNDIA 55,41 1,24 919,20 6,82 -863,80
JAGUARIÚNA 29,86 0,67 1394,79 10,34 -1364,93
PEDREIRA 24,56 0,55 8,25 0,06 16,31
ARTUR NOGUEIRA 14,31 0,32 41,12 0,30 -26,81
ENGENHEIRO COELHO 5,35 0,12 4,38 0,03 0,96
HOLAMBRA 2,66 0,06 48,86 0,36 -46,20
MORUNGABA 2,22 0,05 9,20 0,07 -6,98

Fonte: Elaboração própria com base nos dados do Ministério da Economia.

 Dentre os municípios que mais exportaram, Sumaré e Indaiatuba, onde operam grandes produtores de materiais de transporte (ex. montadoras), continuam se destacando pelos menores impactos que causam no agravamento do déficit da balança comercial regional. Vale destacar que, embora com participação pouco expressiva na balança regional, os únicos municípios com saldos positivos de comércio são Santa Bárbara, Cosmópolis, Santo Antônio de Posse, Nova Odessa, Pedreira e Engenheiro Coelho.

Dentre os municípios que exportaram menos, destacam-se os casos de Hortolândia e Jaguariúna, dado o alto volume de importação de empresas localizadas nestes municípios.  Estes municípios são sedes de grandes empresas multinacionais produtoras de máquinas automáticas para processamento de dados (ex. computadores) e de aparelhos de telefonia (ex. celulares), que importam grandes volumes de partes e componentes e exportam pequenos volumes de produtos acabados.


[1] http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior

[2] https://atlas.media.mit.edu/en/resources/about/

[3] Mais detalhes sobre o Índice de Complexidade de Produtos (PCI, em inglês) podem ser encontrados em https://atlas.media.mit.edu/en/. Nossa classificação em 5 categorias (Baixa, Média-baixa, Média, Média-alta e Alta complexidade) é resultado de aplicação metodológica original.


 [P1]Não seria só “média”, conforme nota de rodapé 3?

Sim, pode alterar. [PO2]

 [L3]

coentário vazio [PO4]


Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira

Graduado em Ciências Econômicas e Administração com Ênfase em Comércio Exterior pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), mestre e doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Sou professor extensionistas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), onde desenvolvo um projeto de desenvolvimento e acompanhamento de indicadores da produção industrial, agrícola e da inserção internacional da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Paralelamente, desenvolvo pesquisas nas áreas de economia internacional e industrial, mais especificamente em temas ligados aos impactos da inovação tecnológica e da regulação nos fluxos internacionais de comércio. (Fonte: Currículo Lattes)


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