Docentes Extensionistas responsáveis
Dr. Cristiano Monteiro da Silva – Docente Extensionista da PUC-Campinas
Dr. Izaias de Carvalho Borges – Docente Extensionista da PUC-Campinas
Elaboração Técnica:
Mauricio Ruzene – Aluno bolsista do Projeto de Extensão
José Paulo Restani Alcaraz – Aluno voluntário do Projeto de Extensão
Ludmila Carvalho Fernandes – Aluna voluntária do Projeto de Extensão
Introdução
A dinâmica social e econômica depende muito dos investimentos efetivados, em qualquer localidade, inclusive na Região Metropolitana de Campinas. Este é o processo decisório capaz de promover a recuperação econômica e o implemento de projetos estratégicos no país. Portanto, fato é que urge se ter uma inteligência do panorama e das predições dos fatores que norteiam os investimentos públicos e privados.
Este informativo periódico é obra do Observatório da PUC-Campinas e assume o único objetivo de uma análise comparativa dos resultados dos investimentos confirmados, envolvendo os dois primeiros trimestres deste ano, a despeito de tantas outras observações cabíveis para tal tipo de propósito analítico.
O procedimento metodológico envolve a coleta de dados via a “Pesquisa de Investimentos Anunciados” do SEADE (2018). Convém realçar que os dados são relativos aos “investimentos confirmados” que estão publicados na referida pesquisa. O período levado em consideração diz respeito ao comparativo entre o primeiro e o segundo trimestre de 2018, ciente do contexto em que vive o país, no qual a ideia de recuperação econômica assume muita força.
A estrutura do texto, a priori, oferece a análise exploratória comparativa, seguida da leitura coerente de alguns pontos norteadores de tal processo dos investimentos nesta localidade. Na parte da conclusão, apresentam-se as melhores apurações deste analítico.
1.Aspectos dos investimentos confirmados na RMC
O gráfico 1 mostra que o número de investimentos na Região Metropolitana de Campinas, doravante apenas RMC, ao se comparar o primeiro com o segundo trimestre deste ano, teve um pequeno aumento, pois antes foram efetivados 16 projetos de investimentos, e, neste segundo trimestre, o total foi de 19 projetos. De tal modo, uma evolução percentual de 18,75%.
O fator que aclara diz respeito ao tipo de investimentos confirmados na RMC. A título de se ter o comparativo, no primeiro trimestre deste ano, fez-se o total de 11 projetos caracterizados como implantação, mais três de ampliação e dois de modernização, enquanto, no segundo trimestre, o total foi de sete como implantação, terminando a série com 10 de ampliação e dois de modernização.
Logo depois, no gráfico 2, apresenta-se a distribuição percentual da participação das cidades no total de investimentos confirmados na RMC. Nota-se que Campinas lidera a quantidade de investimentos com o percentual de 42,1%. Em relação ao primeiro trimestre, é bom notar que, nesse período, houve 13 investimentos em Campinas, e um para cada uma das seguintes cidades: Hortolândia, Sumaré e Indaiatuba. Já, neste segundo trimestre, o novo é que Campinas teve número menor de investimentos e fez-se uma distribuição maior para os municípios.
Os dados sobre o volume financeiro dos investimentos confirmados aparecem no seguinte gráfico mais uma vez dando conta do comparativo entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. Como se vê, neste segundo trimestre, o número de investimentos foi maior, porém, o volume financeiro bem menor. Em termos numéricos, antes o volume financeiro era estimado em R$ 867,3 milhões, agora o estimado é em R$ 165,15 milhões. Muito provável é que tal valor reduzido seja em função do tipo de investimentos caracterizado como ampliação, conforme relatado no gráfico 1.
Finalmente, este analítico dos investimentos confirmados evidencia o crescimento da participação do setor de serviços. O próximo gráfico põe à vista a destinação setorial. A maior parte dos investimentos foram destinados ao Setor de Serviços, em particular, o que se pode dizer como “Serviços de Consumo”. Diga-se de passagem, a conta “Serviços Diversos”, descrita no gráfico, diz respeito a serviços de distribuição de energia elétrica.
Sabe-se que o Setor Industrial, desde a segunda metade do século XX, figura como atividades estratégicas ao desenvolvimento de regiões metropolitanas e do país. Contudo, neste período, tanto o número como o valor financeiro estão abaixo dos gastos destinados ao Setor de Serviços. Neste ínterim, emerge o desafio estratégico de como recuperar a dinâmica industrial na RMC.
2. Considerações finais
Em síntese, o número de investimentos do segundo trimestre deste ano foi maior do que o primeiro anterior, porém, o valor financeiro foi bem abaixo. Tal condição pode ser explicada pelo circunstancial do país, isto é, a crise forte que vive nas esferas social, política e econômica; ademais, pela natureza do próprio investimento, que nesta fase atual fez-se em ampliação de atividades do Setor de Serviços.
Nota-se que mais cidades participaram dos investimentos confirmados, neste segundo trimestre. O destaque foi para o município de Campinas, cuja representatividade deu-se em 42,10%.
Os Setores de Comércio e Serviços estão protagonizando o processo decisório de investimentos, na localidade da RMC. Isto é de tal modo desde os últimos anos. Esta realidade carece de estudos aprofundados, bem como de análises preditivas complexas, no sentido de auxiliar a dinâmica econômica regional. Inicialmente, vê-se que há conexões importantes entre as atividades produtivas, talvez sirva como base para o pensar estratégico voltado aos estímulos e efeitos multiplicadores da densidade produtiva na RMC.
3. Referências
DATA VIVA. Oportunidades econômicas. Disponível em: http://www.dataviva.info. Acesso em: 05/10/2018.
IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 25/09/2018.
SEADE. Pesquisa de investimentos anunciados no Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.piesp.seade.gov.br/. Acesso em: 25/09/2018.