RMC fecha 1º trimestre com saldo positivo de 23,7 mil postos de trabalho

Movimento de recuperação foi mantido em março após geração de 5,3 mil vagas; Campinas lidera oferta de empregos

RMC fecha 1º trimestre com saldo positivo de 23,7 mil postos de trabalho

Movimento de recuperação foi mantido em março após geração de 5,3 mil vagas; Campinas lidera oferta de empregos

A Região Metropolitana de Campinas (RMC), que gerou 5,3 mil vagas no mês de março, encerrou o 1º trimestre de 2021 com saldo positivo de 23,7 mil postos de trabalho. Puxada por Campinas, a região mantém o movimento de recuperação apresentando desde o início do ano, tendo auge em fevereiro, quando foram criados 13,7 mil novos empregos.

De acordo com o boletim do Observatório PUC-Campinas, baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia, aproximadamente 10% do emprego do Estado de São Paulo, neste 1º trimestre, foi gerado na RMC. Lidera a criação de postos na região o município de Campinas, que, em março, ofereceu 1.044 novas oportunidades.

O setor de Serviços, com saldo positivo de 2,8 mil vagas, manteve sua importância à recuperação do emprego na RMC. Destaque aos serviços de informação, comunicação, atividades financeiras e imobiliárias, administração pública, defesa, seguridade social, educação e saúde humana. Por outro lado, as atividades de alojamento e alimentação, impactadas pelas medidas de isolamento social, seguem fechando postos de trabalho.

Fundamental para sustentar a dinâmica da geração de empregos, o setor industrial também foi determinante para o resultado favorável do mês de março. Juntos, os segmentos que compõem a indústria criaram 1.701 novos postos de trabalho. Em contrapartida, o Comércio continua com dificuldades de retomada devido ao agravamento da crise sanitária, que obrigou o fechamento de estabelecimentos por um longo período e ainda demanda restrições.

Entre os cargos oferecidos em março, 49% foram preenchidos por jovens de 18 a 24 anos e 21% pela faixa de jovens-adultos de 30 a 39 anos. Por gênero, apenas 25% das vagas foram ocupadas por mulheres. Em relação à escolaridade, houve aumento da participação de empregados com superior completo (19%), mas boa parcela dos postos foi ofertada aos trabalhadores de ensino médio (68%).

Segundo a economista Eliane Rosandiski, responsável pela nota do Observatório PUC-Campinas, a recuperação demonstrada é importante, já tendo superado os 4 mil postos perdidos em 2020, mas é preciso ficar alerta em relação à sustentação da demanda nos padrões do ano passado. “A queda do valor do auxílio emergencial e a iminente diminuição salarial dos empregados que optarem pela flexibilização da jornada de trabalho são fatores que põem em risco as condições de manutenção”, avalia.

Observatório PUC-Campinas

O Observatório PUC-Campinas, lançado no dia 12 de junho de 2018, nasceu com o propósito de atender às três atividades-fim da Universidade: a pesquisa, por meio da coleta e sistematização de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas; o ensino, impactado pelos resultados obtidos, que são transformados em conteúdo disciplinar; e a extensão, que divide o conhecimento com a comunidade.

A plataforma, de modo simplificado, se destina à divulgação de estudos temáticos regionais e promove a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social da RMC.  As informações, que englobam indicadores sobre renda, trabalho, emprego, setores econômicos, educação, sustentabilidade e saúde, são de interesse da comunidade acadêmica, de gestores públicos e de todos os cidadãos.



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