Informativo Mensal: Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de Campinas, V.1, N.5, 2018

PROFESSOR EXTENSIONISTA (PUC-Campinas):

Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Destaques:

  1. Em novembro de 2018 a RMC apresentou um saldo de 1.682 novos postos de trabalho, abaixo do observado em setembro. No acumulado do ano, a RMC apresenta um saldo de 15.914 novos postos.
  2. O município de Campinas apresentou o maior dinamismo na geração de emprego RMC: 1.057 novos postos.
  3. Por escolaridade, tal como em outubro e com mais intensidade, verificou-se que a geração de postos de trabalho novamente se concentrada no perfil de nível de ensino médio – 2.058 novos postos. Além disso, 1.888 foram preenchidas com jovens entre 18 e 24 anos.
  4. A remuneração média  por faixa de idade e por perfil de escolaridade mostra que a remuneração paga aos jovens de 18 a 24 anos é 80% do salário médio dos admitidos na RMC e que os empregados com ensino médio recebem em torno de 86% dessa média. 
  5. Neste mês de novembro  58% das novas vagas na RMC foi preenchida por mulheres, percentual acima do observado em outubro. No entanto, o salário médio das mulheres admitidas era em torno de 84% dos salários médios dos homens admitidos. 
  6. Por setor de atividade, a dinâmica da geração de emprego continua sendo do as atividades de comércio 1.613 novos postos. O salário médio dos admitidos nestas atividades ficou em torno de  R$ 1.551,09. A Indústria de Transformação voltou a apresentar o saldo negativo 464 vagas.
  1. Indicadores

O fluxo de admitidos e demitidos (CEGED) divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostra que em novembro de 2018 a RMC gerou 1.682 novos postos de trabalho, volume ligeiramente superior ao verificado em outubro. No acumulado do ano, a RMC apresenta um saldo de 15.914 novos postos. O salário médio dos admitidos na RMC foi de R$ 1.775,44.

Os indicadores selecionados no quadro 2 percebe-se que, como tendência, o tempo médio de serviço dos demitidos na RMC situa-se em torno de 24 meses e o salário médio dos admitidos é cerca de 10% menor do que a dos admitidos.

Em novembro pode ser observada queda no percentual de admitidos com contrato de trabalho intermitente ou parcial,  menos de 1% do saldo de contratados tiveram esta modalidade de contrato.

Por gênero, em novembro, 58% do saldo de emprego foi de mulheres, porém os salários médios das mulheres admitidas equivale a 85% da remuneração média dos homens da RMC. Vale destacar que percentual é inferior ao do Estado de São Paulo e do Brasil.

2. Perfil do emprego segundo características selecionadas

Por Município, observa-se que Campinas apresentou o maior dinamismo na geração de emprego RMC: 1.057 novos postos. Também Paulínia se destacou com a geração de 457 novos postos de emprego. Apesar de alguns municípios terem apresentado um ligeiro saldo negativo, nenhum deles foi significativo.

Por escolaridade, tem-se observada a continuidade da contratação concentrada no perfil de nível de ensino médio.  Além disso, a maior parte do saldo positivo de emprego tendem a ser preenchidas por jovens entre 18 e 24 anos.

Como vem send0 destacado, o padrão salarial por faixa de idade e por perfil de escolaridade mostra que a remuneração paga aos jovens de 18 a 24 anos é 20 menor que do salário médio dos admitidos na RMC e que os empregados com ensino médio recebem em torno de 86% da média dos salários dos admitidos na RMC.  Chama atenção também a continuidade o saldo negativo do emprego nas faixa etária de 50 a 64 anos, em novembro foram destruídas 624 postos de trabalho, ligeiramente abaixo do observado em outubro.

Por setor de atividade, seguindo a tendência de dinâmica de geração de trabalho da RMC tem sido as atividades terciárias, especificamente em novembro o segmento de comércio protagonizou com a geração de 1.613 novos postos. No entanto o salário médio dos admitidos nestas atividades ficou em torno de  R$ 1.551,09, cerca de 87% do saldo médio dos contratados na RMC.

A Indústria de Transformação voltou a apresentar o saldo negativo 464 vagas, das quais 228 no têxtil e vestuário, que vem apresentando tendência sistemática de queda. Mais uma vez, chama-se atenção que esta queda do emprego industrial se torna especialmente preocupante pois o emprego industrial tende a ser melhor remunerado.


Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (1992), mestrado em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2002).É professora-extensionista da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com vínculo integral de 40 horas semanais. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia dos Recursos Humanos, atuando principalmente nos seguintes temas: mercado de trabalho, política pública e economia solidária. (Fonte: Currículo Lattes)


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