Informativo Mensal: Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de Campinas, V.2, N.1, 2019

PROFESSOR EXTENSIONISTA (PUC-Campinas):

Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Principais Resultados

  1. Em janeiro de 2019, a RMC apresentou um saldo positivo de 1.570 postos de trabalho.
  2. Os municípios de Indaiatuba, Americana e Hortolândia apresentaram os melhores resultados: saldos positivos de 421, 263 e 234 postos de trabalhos, respectivamente.
  3.  No saldo de emprego na RMC, 1.243 com superior completo e 1.320 na faixa etária de 18 a 24 anos.
  4. As mulheres representam 14% do saldo observado na RMC.
  5. Por setor de atividade, destacaram-se o saldo positivo da indústria de transformação e do setor de serviços. Porém, como esperado no mês de janeiro, houve o saldo negativo do emprego nas atividades de comércio.

1.Indicadores

O fluxo de admitidos e desligados (CAGED) divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostra que, em janeiro de 2019, a RMC criou 1.570 postos de trabalho, volume inferior ao observado no mesmo período do ano passado (2.499 postos). O salário médio dos admitidos na RMC em janeiro foi de R$ 1.854,05, valor ligeiramente superior do observado em dezembro.

O saldo de emprego gerado na RMC em janeiro equivale a  10,7% do observado no Estado de São Paulo e a 4,6% no Brasil. Como tais percentuais estão acima dos índices médios observados, pode-se dizer que, neste primeiro mês de 2019, a dinâmica econômica da RMC foi melhor que a nacional e estadual. 

O percentual de mulheres no saldo do emprego em janeiro foi de 14%, ou seja, de 1.570 novos postos, apenas 218 foram ocupados por mulheres, que tiveram como remuneração média o valor de R$ 1.671,22. Este valor fica abaixo da média observada na RMC e corresponde a 80% do valor pago aos homens.

Vale destacar que o diferencial de salários entre homens e mulheres é maior na RMC, se comparado a São Paulo e Brasil.

Duas  características se mantêm na RMC: o valor médio do salário dos admitidos se situa em torno de 90% do valor dos demitidos, e o trabalhadores dispensados têm em torno de 2 anos de tempo de serviço.

2. Perfil do emprego segundo características selecionadas

Os municípios de Indaiatuba, Americana e Hortolândia apresentaram os melhores resultados: saldos positivos de 421, 263 e 234 novos postos de trabalhos, respectivamente.

Apesar do saldo positivo, praticamente em todos os municípios os saldos de emprego foram inferiores aos saldos observados em janeiro de 2018, tal fato mostra que ainda não há um movimento vigoroso de retomada do emprego, nem na RMC tampouco na economia nacional.

A indústria de transformação gerou 1.750 novos postos de trabalho, número bem abaixo do observado em janeiro de 2018.

Os segmentos que mais se destacaram foram o de material de transportes (338 novos postos), o mecânico (337 novos postos), o químico (323 novos postos) e o têxtil com 185 novos postos – que aparentemente começa a interromper uma trajetória de redução do emprego observada em 2018. 

O segmento de serviços gerou apenas 544 novos postos de trabalho, sendo que o maior destaque foram as atividades de ensino, com 935 novas vagas compensou o decréscimo observado nas atividades de alojamento e alimentação.

O comércio, como esperado no período pós-natal, eliminou 1.609 postos de trabalho. Vale destacar que este valor superou o observado no mesmo período do ano anterior.

Diante dessa dinâmica econômica, o perfil do emprego gerado ficou mais concentrado em profissionais com nível superior (1.243 postos de trabalho) e com faixa de idade entre 18 e 24 anos.

Do ponto de vista da remuneração, cabe sublinhar a importância dos profissionais mais escolarizados que ganham aproximadamente 80% a mais do que a média da remuneração da RMC.

Os desligamentos foram mais concentrados nos profissionais com idade superior a 50 anos, 379 com idade de 50 a 64 anos e 162 com idade superior a 65 anos.


Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (1992), mestrado em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2002).É professora-extensionista da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com vínculo integral de 40 horas semanais. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia dos Recursos Humanos, atuando principalmente nos seguintes temas: mercado de trabalho, política pública e economia solidária. (Fonte: Currículo Lattes)


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