Informativo Mensal: Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de Campinas, V.2, N.2, 2019

PROFESSOR EXTENSIONISTA (PUC-Campinas):

Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Principais Resultados

  1. Em fevereiro de 2019, foram gerados 5.004 novos postos de trabalho. No acumulado do ano, a RMC já apresentou saldo positivo, com 6.574 vagas, que equivalem a 8,3% do emprego gerado no estado de São Paulo.
  2. Porém o salário médio dos contratados foi de R$ 1.724,11, valor inferior ao observado em janeiro.
  3. Por escolaridade, houve ampliação de 2.607 vagas, preenchidas por indivíduos com ensino médio, e de 1.796  vagas, preenchidas por indivíduos com superior completo. 
  4. Por idade: 2.611 vagas preenchidas por empregados de 18 a 24 anos.
  5. As mulheres representam 71% do emprego gerado na RMC, com salário 15% inferior ao masculino.
  6. Por setor de atividade, destaque para a geração de emprego nas atividades de serviços: 3.448 vagas, das quais 1.437 são nas atividades de ensino; 551, em serviços técnicos; e 395, em alojamento e alimentação.
  7. O comércio gerou 433 novos postos.
  8. Na Indústria de Transformação, foram criadas 794 vagas, concentradas nos segmentos de química (269), de vestuário e têxtil (227).

1.Indicadores

O fluxo de admitidos e desligados (CAGED) mostra que, em fevereiro de 2019, a RMC criou 5.004 postos de trabalho, melhor volume de emprego se comparado ao mesmo mês dos últimos quatro anos. O salário médio do fluxo de admitidos na RMC foi de R$ 1.724,11, valor inferior ao observado em janeiro.

O saldo de emprego gerado na RMC em janeiro equivale a 8,5% do observado no Estado de São Paulo e a 3,2% no Brasil. Seguindo a tendência já registrada em janeiro, tais percentuais continuam acima dos índices médios observados, podendo-se dizer que, nestes dois primeiros meses de 2019, a dinâmica econômica da RMC foi melhor que a nacional e a estadual. 

O percentual de mulheres no saldo do emprego em fevereiro foi de 71%, ou seja, de 5.004 novos postos, 3.576 foram ocupados por mulheres, que tiveram como remuneração média o valor de R$1.576,32. Este valor fica abaixo da média paga às mulheres em janeiro, abaixo da média na RMC e corresponde a 80% do valor pago aos homens. O diferencial de salários entre homens e mulheres continua maior na RMC, se comparado a São Paulo e Brasil.

O valor médio do salário dos admitidos ampliou um pouco, ficando em torno de 85% do valor dos demitidos, os quais têm em torno de dois anos de tempo de serviço.

2. Perfil do emprego segundo características selecionadas

O município de Campinas apresentou o melhor resultado na geração de empregos, com 1.931 novos postos, seguido pelos municípios de Indaiatuba (607), Sumaré (514), Nova Odessa (462) e Americana (346).

Ainda não é possível identificar neste comportamento positivo do emprego um movimento vigoroso de retomada, nem na RMC tampouco na economia nacional, visto que é importante avaliar esta retomada do ponto de vista da dinâmica setorial.

A Indústria de Transformação gerou 794 novos postos de trabalho, no entanto este número é bem abaixo do observado em janeiro de 2019. Os segmentos que mais se destacaram foram o químico (269 novos postos) e o têxtil com 227 novos postos, que ainda está se recuperando da forte queda observada em 2018. 

Por outro lado, o segmento de serviços apresentou uma dinâmica vigorosa, com 3.448 novos postos de trabalho, puxada pelas atividades de ensino e serviços técnicos, com 1.437 e 551 novos postos de trabalho, respectivamente. Vale dizer que esta dinâmica do ensino é sazonal, e o crescimento de atividades de serviços técnicos pode estar relacionado à tendência de terceirização.

O comércio, compensando a queda de janeiro, gerou, em fevereiro, 433 novos postos de trabalho.

Ao contrário do observado em janeiro, o emprego gerado ficou mais concentrado em profissionais com nível médio, com 2.607 novos postos, e também com superior completo, com 1.796  vagas.

Por faixa etária, o maior saldo foi observado na de jovens de 18 a 24 anos, com 2.611 novos postos. Os saldos negativos foram concentrados nos profissionais com idade superior a 50 anos.


Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (1992), mestrado em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2002).É professora-extensionista da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com vínculo integral de 40 horas semanais. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia dos Recursos Humanos, atuando principalmente nos seguintes temas: mercado de trabalho, política pública e economia solidária. (Fonte: Currículo Lattes)


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