Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de Campinas - Março - Observatório PUC-CampinasObservatório PUC-Campinas

Informativo Mensal

Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de Campinas

Março/2023

PROFESSOR EXTENSIONISTA

Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Alunos:

Ana Carolina Corrêa Ortolan

Giovanna Hitomi Shimada Rigo

Giuliana Resende Caricilli

Guilherme Hautz Inácio

Isabella de Camargo Prevedel

Maryella Kaena Avelar de Souza

Matheus Augusto de Souza Alexandre

Introdução

Este informativo mensal monitora a evolução do emprego nos 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Como os indicadores, as tabelas e gráficos são organizados e apresentados segundo os mesmos formatos, é possível fazer uma série histórica. As informações apresentadas são elaboradas a partir dos dados disponibilizados pelo no painel Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (NovoCAGED), disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTP).

Os dados da PNAD-Contínua/IBGE apresentados no final do informativo ajudam a contextualizar a evolução do mercado de trabalho local e seguem os mesmos formatos para também permitir o acompanhamento histórico.

Destaques
No mês de janeiro a RMC apresentou 2.750 novos contratos de trabalho, já no mês de fevereiro, 8.106. A partir do saldo de dezembro de 2022, estima-se que a região já acumule, em 2023, um estoque de 955.573 contratos.
O saldo de 2023 da RMC representa 13% da geração de emprego no estado de São Paulo e 3,3% de toda geração de emprego nacional, um volume de destaque para a região.
Na RMC, a cidade que mais gerou novos contratos foi Campinas (1.468 em janeiro e 2.085 em fevereiro), seguida de Indaiatuba (392 em janeiro e 1.087 em fevereiro). Por outro lado, Jaguariúna fechou o período com o maior saldo negativo, de -191 contratos.
A contratação de mulheres nos meses de janeiro e fevereiro representou 55% do saldo de empregos da RMC.
A partir do saldo de emprego por faixa de escolaridade, pode-se observar que os profissionais com médio completo representam a grande maioria dos contratados (aproximadamente 63%).
O saldo de emprego por faixa etária mostra que jovens de 18 a 24 anos representaram cerca de 45% dos empregados na RMC no período, um saldo positivo de 4.961 contratos. Por outro lado, indivíduos de 65 anos ou mais tiveram um saldo negativo de -231 contratos.
A média de Remuneração dos Admitidos no Brasil, em Janeiro, foi de R$2.028,27 enquanto na RMC, no mesmo mês, foi de R$2.285,42 Já no mês seguinte, no Brasil, foi de R$1.978,12 e na Região Metropolitana de Campinas foi de R$2.189,58.
Por setor de atividade:

O setor de atividade de maior destaque na geração de emprego à nível nacional foi, em janeiro, o setor de construção civil (45% do saldo) e, em fevereiro, o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços (37% do saldo);
O segmento de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas representou, em ambos os meses, saldos negativos;
Outros setores destaques no saldo de emprego nacional foram a indústria geral (40% do saldo em janeiro e 16% do saldo em fevereiro);
De janeiro para fevereiro, o setor de alojamento e alimentação saiu de um saldo negativo de -1.737 contratos de emprego para 15.461 novos contratos;
Já na RMC, destaca-se o setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que saiu de um valor negativo de -1261 para um saldo empregatício de 187. Além disso, o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais também viu grande aumento, se destacando ainda o setor de alojamento e alimentação e o de informação, comunicação e o de atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.

Comentários:

Foi visto que, de Janeiro para Fevereiro, houve na RMC um grande saldo de novos empregos, podendo ser ressaltado que os setores que mais obtiveram um aumento, de um mês para o outro, foram os de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, o setor de atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, e o de alojamento e alimentação.

Com essas informações, é possível entender o impacto desses aumentos, analisando a média salarial setorial. Para administração pública, defesa, seguridade social, a média é de R$2.763,57, que é um valor acima da maioria dos demais setores. Porém, para educação o valor já é de R$2.095,49, para saúde humana e serviços sociais, de R$1.812,24 e para alojamento e alimentação, o valor é mais baixo ainda, R$1.699,17.

Ademais, comparando os meses de Janeiro e Fevereiro, pode-se instigar uma relação entre o setor com o maior aumento de saldo de novos empregos e o resultado de contratações por sexo, apresentado no gráfico 3. No primeiro mês, a indústria geral obteve o maior aumento, junto com uma maior contratação de homens na economia. Enquanto que no mês de Fevereiro houve um aumento mais expressivo na contratação de mulheres, o que provavelmente está intimamente ligado com o aumento dos cargos referentes à educação, incluído na categoria de maior aumento do mês.

A faixa de escolaridade que mais foi empregada, na RMC, de janeiro para fevereiro, foi a de ensino médio completo, e a faixa etária que mais é empregada é a de 18 a 24 anos. Assim, sabendo que o salário médio de pessoas com ensino médio completo e nessa faixa de idade é R$1.776,00, e também levando em conta os valores por setores de emprego acima, o saldo de empregos gerados de um mês ao outro, não recebe uma alta remuneração (com exceção do setor de administração pública, defesa, seguridade social).

Quadros, gráficos e tabelas de desempenho do mercado de trabalho

Gráfico 1. Evolução do saldo do emprego na RMC – período: 2010 – 2023