Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de Campinas – Setembro

Informativo Mensal
Mercado de Trabalho na Região
Metropolitana de Campinas
Setembro/ 2022
Professor Extensionista
Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

 

Este informativo mensal monitora a evolução conjuntural do emprego nos 20 municípios Região Metropolitana de Campinas (RMC). Com objetivo de construir uma série histórica de indicadores, as tabelas e os gráficos são organizados e apresentados segundo os mesmos indicadores. Os indicadores aqui apresentados são construídos a partir dos dados disponibilizados pelo no painel Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(NovoCAGED), disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTP).

Nesse momento, seguindo o calendário de divulgação do MTP, serão apresentados os dados de
setembro de 2022.
Os dados da PNAD-Contínua/IBGE apresentados no final do informativo ajudam a
contextualizar evolução do mercado de trabalho local, também seguindo o padrão de
divulgação, serão apresentadas as informações referentes ao último trimestre da pesquisa.

I. Destaques
1. No mês de setembro a RMC apresentou 3.430 novos contratos de trabalho. Com esse
desempenho a região já acumula 51.555 novos contratos em 2022.
2. Este saldo positivo na RMC representa 5,6% do fluxo de empregos gerado em São
Paulo. Indicador abaixo dos observados em junho e junho. No acumulado, 8,5% do
emprego gerado em São Paulo foi na RMC.
3. Campinas segue na liderança de geração de novos contratos (1.371. Sumaré, com 479
novos contratos ocupa a segunda posição. Chama atenção a perda de 655 postos de
trabalho em Paulínia.
4. A contratação de mulheres representou 61% do saldo de empregos.
5. Por faixas de escolaridade, seguindo a tendência, observa-se que 63% do saldo de
contratos foi preenchido por profissionais com médio completo.
6. Por faixa etária os jovens de 18 a 24 anos tiveram participação relativa em 80% no
saldo dos contratos gerados. Em setembro foram observadas reduções de contratos
em todas as faixas de escolaridade acima de 30 anos, maior perda foram 274 na faixa
de 50 a 64 anos.
7. O valor médio do salário dos admitidos na RMC foi R$ 2.219,69 cerca de 15% acima
da média nacional.
8. De um fluxo de 46.167 novos contratos de trabalho, 9,8 % são flexíveis (aprendiz
(13%), temporário (65%) e intermitente 21%).
9. Por fim, por setor de atividade:
a. O maior destaque na geração de vagas foram as atividades industriais e o
comércio com 39% do saldo
b. Os segmentos de serviços de Informação, comunicação e atividades
financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, geraram apenas 19%
dos novos contratos de trabalho. E alojamento de alimentação 9%.
c. As atividades industriais criaram 1.001 novos contratos.
d. No entanto, a construção civil foi responsável interrompeu seus saldos
positivos, e perdeu 540 postos de trabalho.

Comentários:
Apesar do dinamismo da geração de emprego em RMC comparativamente à participação
histórica no emprego gerado em São Paulo chama atenção ter caído um pouco em setembro,
em especial devido à perda do emprego na construção civil. A RMC, que concentra cerca de
7,5% do emprego, ainda registra uma participação de 8,5% no fluxo de novos contratos
gerados em São Paulo.
O movimento registrado em setembro está fortemente vinculado às atividades de comércio
e serviços. O perfil de emprego demandado nessas atividades pode estar associado ao ensino
médio, jovens de 18 a 24 anos e mulheres. Apesar do saldo positivo, o fato de 9,8% dos
novos contratos serem flexíveis traz como contrapartida maior instabilidade da manutenção
do consumo dos trabalhadores.
Além disso, o perfil do saldo de emprego gerado mostra que 2.754 contratos realizados na
faixa de 18 a 24 anos, 88,6% preenchido por jovens de 18 a 24 anos. Desses 1.052 em
comércio e 932 em vagas terceirizadas para funções transversais (condutores de veículos e
operador de equipamentos. Assim, apresar do saldo positivo, tais postos de trabalho são
marcados pela baixa remuneração: valor de setembro: R$ 1.724,13. Vale registra que o salário
médio dos admitidos em setembro foi R$ 2.219,69.
Como vem sendo destacado nesses informativos, o cenário de geração de emprego deve ser
avaliado partir contexto nacional. Informações do IBGE mostram que a despeito a
recuperação da taxa de participação, agora 62,7% das pessoas com mais de 15 anos
participam do mercado de trabalho, o desemprego ainda atinge 9,4 milhões de brasileiros.
Além disso, esse processo de recuperação/recomposição do mercado de trabalho vem
ocorrendo em ocupações informais, como resultado estima-se uma informalidade em torno
de 36,4% (sem carteira, conta-própria).
Assim sendo, a despeito da recuperação observada, incertezas decorrentes do cenário
internacional, da alta taxa de juros interna e da possível retomada da inflação reduzem a
confiança do setor produtivo e afeta o movimento de geração de emprego, elemento decisivo
para círculo virtuoso de crescimento.
Seguimos acompanhando.

 

II. Quadros, gráficos e tabelas de desempenho do mercado de trabalho

Gráfico 1. Evolução do saldo do emprego na RMC – período: 2010 – 2022


Fonte: Novo CAGED – Secretaria do Trabalho/Ministério da Economia, 2022.

Gráfico 2. Evolução do saldo do emprego na RMC – Ano 2022


Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.

Tabela 1 – Evolução do emprego por municípios na RMC.


Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.

Tabela 2 – Evolução do emprego na RMC, São Paulo e Brasil. Ano 2022


Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.

Gráfico 3 – Saldo de emprego por Sexo – RMC, setembro de 2022.


Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.

Gráfico 4 – Saldo de emprego por Faixa Etária – RMC, setembro de 2022.


Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.

Gráfico 5 – Saldo de emprego por Faixa de Escolaridade – RMC, setembro de 2022


Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.

Tabela 3 – Saldo do emprego por Setor de Atividade – RMC, SP e Brasil setembro de 2022.

Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.

Quadro 1 – Indicadores do mercado de trabalho nacional

Fonte: PNAD-Contínua/ IBGE, 2022.

Quadro 2- Agregados populacionais do mercado de trabalho nacional

Fonte: PNAD-Contínua/ IBGE, 2022.

Quadro 3- Posição na Ocupação do mercado de trabalho nacional

 


Fonte: PNAD-Contínua/ IBGE, 2022.



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