PROFESSOR EXTENSIONISTA (PUC-Campinas):
Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski
Destaques:
1. Em agosto de 2018, a RMC (Região Metropolitana de Campinas) apresentou um saldo de 2.520 novos postos de trabalho, o terceiro melhor resultado do ano. No acumulado do ano, foram criados 11.237 novos postos.
2. O salário médio dos admitidos na RMC foi de R$ 1.744,59. Este valor médio é superior ao de julho, porém continua menor do que o observado para a média do Estado de São Paulo.
3. O salário dos admitidos com contrato intermitente equivale a 61% do valor do salário médio dos admitidos na RMC.
4. Com saldo de 874 novos postos, o município de Campinas apresenta o melhor desempenho na geração de emprego na RMC.
5. Do total de vagas geradas na RMC, 2.193 foram preenchidas com jovens entre 18 e 24 anos. Por escolaridade, verificou-se que os saldos de emprego foram concentrados no nível de ensino médio − 1.794 novos postos − e no nível superior − 1.097 novas vagas.
6. Neste mês de agosto, 64% (2/3) das novas vagas na RMC foram preenchidas por mulheres. No entanto, o salário médio das mulheres admitidas era em torno de 80% dos salários médios dos homens admitidos.
7.Por setor de atividade, os destaques positivos são as atividades de serviços: 2.033 novas vagas. No entanto, a Indústria de Transformação continua perdendo postos de trabalho. Em agosto, o saldo negativo de 234 vagas foi puxado pela perda de vagas nos segmentos de têxtil e vestuário, de material elétrico e de transportes.
1. Indicadores
Os dados sobre o fluxo de admitidos e demitidos, divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), permitem identificar as características do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Com a geração de 2.520 novos postos de trabalho em agosto de 2018, o volume total de emprego na RMC, gerado no ano de 2018, totalizou 11.237 novos postos de trabalho. Seguindo a tendência histórica, o volume representa 6% do total do saldo gerado no Estado de São Paulo e 2% do saldo nacional. Estes percentuais corroboram o dinamismo das atividades econômicas situadas na RMC.
Chama atenção também o fato de que 4,6% do fluxo de admitidos terem sido nas modalidades de contrato temporário e de contrato intermitente. Este volume de contratos, embora pequeno, é preocupante, pois, em média, os salários médios dos contratados na modalidade intermitente é 61% do valor médio dos salários pagos aos admitidos na RMC: R$ 1.744,59.
O movimento de contratação e demissão sinaliza para um ajuste de custos no mercado de trabalho, visto que os demitidos apresentaram, em média, pouco mais de 2 anos de serviço e os salários médios dos admitidos representam 89% do valor pago aos demitidos.
Indicadores quanto à participação da mulher no mercado de trabalho complementam esta análise. Em agosto, observou-se que 64% (2/3) das novas vagas na RMC foram preenchidas por mulheres. No entanto, o salário médio das mulheres admitidas (R$ 1.542,99) era 20% menor do que os salários médios dos homens admitidos e 10% abaixo dos salários médios dos admitidos na RMC.
2. Perfil do emprego segundo características selecionadas
As informações do saldo de emprego e salário médio, segundo características específicas, permitem traçar um quadro mais detalhado das estratégias de uso do trabalho formal na Região Metropolitana de Campinas.
As informações do saldo de emprego e salário médio, segundo características específicas, permitem traçar um quadro mais detalhado das estratégias de uso do trabalho formal na Região Metropolitana de Campinas.
Por município, observa-se que, em agosto, Campinas, Vinhedo e Indaiatuba apresentaram os melhores resultados na RMC, com 874, 406 e 324 novos postos de trabalho, respectivamente.
Tal como observado em julho, os maiores salários médios entre os admitidos foram observados nos municípios de Jaguariúna (R$ 2.203,60) e Hortolândia (R$ 2.010,47).
Monte Mor apresentou uma queda de 117 postos de trabalho, porém, em Pedreira, foi registrado o menor salário médio: R$ 1.501,03.
Por Escolaridade, chama atenção o saldo positivo de 1.794 postos para o nível médio e 1.097 em postos de nível superior. Porém, nesta faixa etária de nível médio, o valor da remuneração média de R$ 1.486,85 é cerca de 15% inferior à média da RMC.
Por Faixas de Idade, mais uma vez o saldo positivo foi concentrado na seleção de pessoas com idade entre 18 e 24 anos: 2.193 novos postos de trabalho, com uma média salarial de R$ 1.384,18.
Repetindo a tendência do mês anterior, na faixa etária de 50 a 64, ocorreu o pior saldo negativo: 715 postos.
Por setores de atividade, observou-se que, tal como em julho, o dinamismo na geração de emprego foi pautado pelas atividades que compõem os setores de Comércio e de Serviços. Importante destacar que, nestes dois setores, os salários médios dos contratados ficaram abaixo da média da RMC. Nos serviços, os salários médios ficaram 5% abaixo da média e, no comércio, pouco mais de 10% abaixo.
Entre os segmentos que compõem o setor de comércio, o saldo positivo do emprego foi observado tanto no atacadista como no varejista. Entretanto, o maior saldo de emprego foi acompanhado por uma remuneração média de R$1.473,63, valor abaixo da média da RMC. Já entre os segmentos que compõem o setor de serviços, o perfil mais heterogêneo dessas atividades vem acompanhado também pela maior heterogeneidade de padrões de remuneração. O saldo positivo mais expressivo da geração de emprego − 703 novos postos −, em agosto, ocorreu nas atividades de ensino, porém o salário médio de remuneração (R$1.611,61) ficou abaixo da média da RMC. Também foi expressivo o segmento de comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos (462 novos postos) e, ao contrário do anterior, a remuneração média R$1.886,47 ficou acima da média. Com 400 novos postos de trabalho, o segmento de serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção apresentaram o terceiro melhor resultado, mas a remuneração média de R$1.396,11 ficou cerca de 20% abaixo da média da RMC.
Dentre os segmentos industriais, destacam-se os desempenhos negativos das indústria têxtil e vestuário (-359 vagas) e da indústria de material elétrico e de comunicações (-110 vagas). Os saldos positivos nos demais segmentos industriais não foram suficientes para reverter tais saldos. Dessa forma, em agosto, a Indústria de Transformação perdeu 234 postos de trabalho.
Por município, observa-se que, em agosto, Campinas, Vinhedo e Indaiatuba apresentaram os melhores resultados na RMC, com 874, 406 e 324 novos postos de trabalho, respectivamente.
Tal como observado em julho, os maiores salários médios entre os admitidos foram observados nos municípios de Jaguariúna (R$ 2.203,60) e Hortolândia (R$ 2.010,47).
Monte Mor apresentou uma queda de 117 postos de trabalho, porém, em Pedreira, foi registrado o menor salário médio: R$ 1.501,03.
Por Escolaridade, chama atenção o saldo positivo de 1.794 postos para o nível médio e 1.097 em postos de nível superior. Porém, nesta faixa etária de nível médio, o valor da remuneração média de R$ 1.486,85 é cerca de 15% inferior à média da RMC.
Por Faixas de Idade, mais uma vez o saldo positivo foi concentrado na seleção de pessoas com idade entre 18 e 24 anos: 2.193 novos postos de trabalho, com uma média salarial de R$ 1.384,18.
Repetindo a tendência do mês anterior, na faixa etária de 50 a 64, ocorreu o pior saldo negativo: 715 postos.
Por setores de atividade, observou-se que, tal como em julho, o dinamismo na geração de emprego foi pautado pelas atividades que compõem os setores de Comércio e de Serviços. Importante destacar que, nestes dois setores, os salários médios dos contratados ficaram abaixo da média da RMC. Nos serviços, os salários médios ficaram 5% abaixo da média e, no comércio, pouco mais de 10% abaixo.
Entre os segmentos que compõem o setor de comércio, o saldo positivo do emprego foi observado tanto no atacadista como no varejista. Entretanto, o maior saldo de emprego foi acompanhado por uma remuneração média de R$1.473,63, valor abaixo da média da RMC. Já entre os segmentos que compõem o setor de serviços, o perfil mais heterogêneo dessas atividades vem acompanhado também pela maior heterogeneidade de padrões de remuneração. O saldo positivo mais expressivo da geração de emprego − 703 novos postos −, em agosto, ocorreu nas atividades de ensino, porém o salário médio de remuneração (R$1.611,61) ficou abaixo da média da RMC. Também foi expressivo o segmento de comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos (462 novos postos) e, ao contrário do anterior, a remuneração média R$1.886,47 ficou acima da média. Com 400 novos postos de trabalho, o segmento de serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção apresentaram o terceiro melhor resultado, mas a remuneração média de R$1.396,11 ficou cerca de 20% abaixo da média da RMC.
Dentre os segmentos industriais, destacam-se os desempenhos negativos das indústria têxtil e vestuário (-359 vagas) e da indústria de material elétrico e de comunicações (-110 vagas). Os saldos positivos nos demais segmentos industriais não foram suficientes para reverter tais saldos. Dessa forma, em agosto, a Indústria de Transformação perdeu 234 postos de trabalho.