Informativo Mensal
Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de Campinas
Setembro/ 2022
Professor Extensionista
Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski
Introdução:
Este informativo mensal monitora a evolução do emprego na nos 20 municípios Região Metropolitana de Campinas (RMC). Como os indicadores, as tabelas e gráficos são organizados e apresentados segundo os mesmos formatos, é possível fazer uma série histórica. As informações apresentadas são elaboradas a partir dos dados disponibilizados pelo no painel Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (NovoCAGED), disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTP).
Os dados da PNAD-Contínua/IBGE apresentados no final do informativo ajudam a contextualizar evolução do mercado de trabalho local e seguem os mesmos formatos para também permitir o acompanhamento histórico.
- Destaques
- Em agosto foram gerados 7.842 novos contratos de trabalho na RMC, totalizando 47.692 novos contratos ao longo desse ano.
- Tal como observado no mês anterior esse saldo positivo do emprego na RMC representou 10,5 do fluxo dos contratos no Estado de São Paulo. No acumulado, a RMC já responde por 9,0% do emprego gerado em São Paulo.
- Do ponto de vista municipal, Campinas segue na liderança de geração de novos contratos (2.419). Paulínia (1.641) se destaca na segunda posição e Indaiatuba fica na terceira posição de destaque com 764 novos contratos. Chama atenção também as 543 novas vagas em Americana.
- Seguindo o padrão anterior a contratação de mulheres representou 42% do saldo de empregos.
- Por faixas de escolaridade, seguindo a tendência, observa-se que 69% do saldo dos novos contratos foi preenchido por profissionais com médio completo e 14% com superior completo.
- Por faixa etária, jovens de 18 a 24 anos ocuparam 43% das vagas geradas em agosto. As faixas de 30 a 49 anos concentraram 30% dos novos contratos de trabalho
- Por fim, por setor de atividade:
- A construção civil apresentou o melhor desempenho, sendo responsável por 26% do saldo de empregos
- Com 1.493 novos contratos o setor de comércio e com 1429 os serviços de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais ocuparam a segunda posição de destaque.
- Ao contrário dos observado no mês anterior, os contratos nas atividades industriais foram responsáveis por apenas 11% do fluxo.
Comentários:
O dinamismo da geração de emprego em RMC comparativamente à participação histórica no emprego gerado em São Paulo continua sendo destacada. A RMC concentra cerca de 7,5% do estoque de emprego paulista e no acumulado do ano cerca de 9,0% do emprego paulista. está associado ao dinamismo das atividades econômicas da RMC.
Ao longo do ano as atividades de serviços de informação e tem comunicação tem apresentado um dinamismo consistente com impactos importantes na demanda por trabalho, contudo neste mês de agosto chamou atenção a geração de emprego nas atividades construção civil e comércio. Ao contrário do mês de julho, em que as atividades industriais ensaiaram uma recuperação, os novos contratos foram gerados em setores historicamente com padrões de remuneração mais baixos e mais flexíveis, tais como intermitentes e por prazo determinado. Vale destacar que cerca de 8,8% do fluxo de admissões em julho estava associado ao contrato mais flexível, nesse fluxo, cerca de 70% era de contrato temporário.
Como destacado vem sendo destacado nos informativos anteriores, esse comportamento positivo do emprego regional deve ser avaliado a partir contexto nacional. Informações do IBGE apontam para a recuperação do nível de ocupação e redução do desemprego. Estima-se que ainda atinge 9,7 milhões de brasileiros ainda estejam em busca de um emprego.
O processo de recuperação/recomposição do mercado de trabalho vem ocorrendo em ocupações informais, como resultado a informalidade persiste em torno de 37%. A despeito da ligeira recuperação, o padrão de remuneração confirma o cenário adverso no mercado de trabalho, visto que no ano ainda se registra queda de 1% na remuneração média dos ocupados comparado mesmo período em 2021. Diante disso, observa-se que o mercado de trabalho responde ao comportamento tímido de recomposição e crescimento de 1% do PIB.
As incertezas provocadas pela instabilidade e possível contração das economias internacionais, bem como os efeitos das políticas monetárias e fiscais para controle inflacionário e estímulos de demanda, tornam prematuro afirmar que há uma trajetória recuperação consistente na economia brasileira.
Seguimos acompanhando.
- Quadros, gráficos e tabelas de desempenho do mercado de trabalho
Gráfico 1. Evolução do saldo do emprego na RMC – período: 2010 – 2022
Fonte: Novo CAGED – Secretaria do Trabalho/Ministério da Economia, 2022.
Gráfico 2. Evolução do saldo do emprego na RMC – Ano 2022
Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.
Tabela 1 – Evolução do emprego por municípios na RMC. Ano 2022
Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.
Tabela 2 – Evolução do emprego na RMC, São Paulo e Brasil. Ano 2022
Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.
Gráfico 3 – Saldo de emprego por Sexo – RMC, agosto de 2022.
Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.
Gráfico 4 – Saldo de emprego por Faixa Etária – RMC, agosto de 2022.
Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.
Gráfico 5 – Saldo de emprego por Faixa de Escolaridade – RMC, agosto de 2022
Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.
Tabela 3 – Saldo do emprego por Setor de Atividade – RMC, SP e Brasil agosto de 2022.
Fonte: Novo CAGED –Ministério do Trabalho e Previdência, 2022.
Quadro 1 – Indicadores do mercado de trabalho nacional
Fonte: PNAD-Contínua/ IBGE, 2022.
Quadro 2- Agregados populacionais do mercado de trabalho nacional
Fonte: PNAD-Contínua/ IBGE, 2022.
Quadro 3- Posição na Ocupação do mercado de trabalho nacional
Fonte: PNAD-Contínua/ IBGE, 2022.
Quadro 4- Setor de Atividade no mercado de trabalho nacional
Fonte: PNAD-Contínua/ IBGE, 2022.