Balança Comercial da Região Metropolitana de Campinas – Outubro

Apesar dos problemas causados pela dependência das importações de insumos externos, as exportações mostram melhora da atividade na RMC

Informativo Mensal

Balança Comercial da Região Metropolitana de Campinas

Volume 6 | N. 11 | 2023

Responsável:

Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira

Assistente técnico:

João Lucas Alves da Silva

Sumário Executivo

Este informativo apresenta e discute os principais dados da balança comercial da RMC para o mês 10/2023. Os dados utilizados nas análises são da base do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além dos dados quantitativos, agregados e desagregados por município, apresenta-se a qualificação da pauta de exportação e importação da RMC a partir de cruzamentos dos dados de comércio com os Índices de Complexidade de Produtos (PCI), calculados pelo Observatório de Complexidade Econômica do MIT Media Lab. Por fim, este informativo é concluído com uma previsão do comportamento da balança comercial para o ano de 2023.

Dentre as informações analisadas, destacam-se:

Em 10/2023:

  1. Aumento de 1,6% nas exportações e diminuição de -25,8% nas importações da RMC, resultando em queda de -35,98% no déficit comercial regional;
  2. As participações nas importações e exportações do estado de São Paulo (SP) foram de 20,19% e 6,8%, respectivamente, a menor dos últimos 10 anos e a menor desde 2018;

Em 12 meses:

  1. Diminuição de -1,6% nas exportações e diminuição de -16,26% nas importações da RMC, resultando em queda de -22,75% no déficit comercial regional;
  2. Destaca-se o crescimento do valor das exportações de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos e de coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos de petróleo;
  3. Destaca-se a queda do valor importado de agroquímicos, compostos heterocíclicos de nitrogênio e circuitos eletrônicos, e o aumento do valor importado de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos;
  4. Houve aumento relativo das exportações para a metade de todos os principais destinos, com destaque para Estados Unidos e Países Baixos, e queda relativa das exportações para a China;
  5. Houve queda relativa das importações de praticamente todas as principais origens, com destaque para China, Coreia do Sul e Japão.

Em suma, para além dos problemas estruturais do déficit comercial regional causados pela dependência das importações de insumos externos, as exportações mostram melhora da atividade do setor externo da RMC, em 10/2023, em relação ao mesmo período do ano anterior.

É importante ressaltar que as estatísticas de volume de comércio, baseadas em valores monetários, podem sofrer impactos inflacionários relevantes no período.

Balança Comercial 10/2023

A Tabela 1 traz os dados da balança comercial da RMC para os meses de outubro entre 2013 e 2023.

Tabela 1 – Balança Comercial da RMC para os meses de outubro (valores em milhões de USD/FOB)[1]
Mês/Ano Valor Exp. % Exp. SP Valor Imp. % Imp. SP Saldo RMC Saldo SP
OUT/13 429,84 7,89% 1.470,50 15,92% -1.040,67 -3.789,03
OUT/14 391,81 7,97% 1.362,57 18,72% -970,76 -2.361,69
OUT/15 332,22 7,15% 1.091,20 19,73% -758,98 -885,19
OUT/16 344,56 8,84% 982,14 21,7% -637,58 -626,87
OUT/17 439,79 8,65% 1.118,08 20,28% -678,30 -428,55
OUT/18 427,91 7,97% 1.217,49 19,61% -789,59 -838,93
OUT/19 377,95 8,9% 1.373,82 23,11% -995,87 -1.699,76
OUT/20 317,08 7,52% 1.121,54 24,11% -804,45 -431,70
OUT/21 406,32 8,61% 1.341,16 24,19% -934,84 -826,23
OUT/22 473,05 7,72% 1.747,27 24,42% -1.274,23 -1.025,17
OUT/23 480,64 6,8% 1.296,41 20,19% -815,77 651,86
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

O mês de outubro é tradicionalmente um mês de alta volatilidade nos valores históricos das exportações, com a maior mediana histórica mensal, e também com a maior mediana dos valores importados, a um nível semelhante ao observado historicamente em agosto. A partir dos dados da Tabela 1, é possível verificar que as exportações de 10/2023 foram de 480,64 milhões de dólares, apresentando um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. Esse valor corresponde ao maior valor para o mês em 10 anos. Além disso, a participação nas exportações do estado de São Paulo foi de 6,8%, indicando que a RMC diminuiu sua participação nas exportações do estado quando comparado com o mesmo período em 2022, sendo esta, paradoxalmente, a menor participação para o mês nos últimos 10 anos.

As importações totalizaram 1,29 bilhões de dólares, no mesmo período, representando um decrescimento de -25,8% em comparação a 10/2022. A participação da RMC nas importações do estado foi de 20,19%, a menor para o mês desde 2018. O saldo negativo da balança comercial, -815,77 milhões de dólares, sofreu queda de -35,98% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os principais produtos responsáveis pelo aumento do valor exportado foram tratores (var. 0,19%), bombas, compressores, ventiladores e exaustores de ar ou de vácuo (var. 267,67%) e automóveis de passageiros (var. 13,86%). Dentre as quedas, destaca-se medicamentos (var. -29,16%), partes de motores (var. -18,39%) e pneus (var. -26,60%).

Nas importações, as principais quedas deram-se para agroquímicos (var. -57,09%), circuitos eletrônicos (var. -7,14%) e aparelhos telefônicos (var. -2,83%). Destaca-se, porém, alta no valor importado de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (var. 5245,34%), sangue humano e de animais para uso terapêutico e vacinas (var. 66,67%) e medicamentos (var. 23,97%).

A Tabela 2 mostra as exportações da RMC para 10/2023, agregadas de acordo com o grau de complexidade dos produtos[2]. Produtos considerados mais complexos são produzidos em países com maior grau de sofisticação tecnológica das estruturas produtivas, portanto, com maiores níveis de produtividade e renda.

Tabela 2 – Exportações Regionais por Grau de Complexidade Econômica – 10/2023 (valores em milhões de USD/FOB).
Grau de Complexidade Valor das Exp. 22 % do Total 22 Valor das Exp. 23 % do Total 23 Var. % 22/23
Baixa 7,54 1,59% 11,65 2,42% 54,51%
Média-baixa 65,72 13,89% 80,13 16,67% 21,93%
Média-alta 357,91 75,66% 344,22 71,62% -3,82%
Alta 39,17 8,28% 38,77 8,07% -1,02%
Total 462,8 463,12
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

Houve aumento e queda das exportações em diferentes categorias de complexidade. A de baixa complexidade, teve aumento de 54,51%; a média-baixa complexidade teve aumento de 21,93%; média-alta complexidade teve queda de -3,82%; e a de alta complexidade teve queda de -1,02%. Contudo, mais de 78% das exportações da região se concentraram em produtos de média-alta e alta complexidade.

A Tabela 3 mostra as importações da RMC em 10/2023, agregadas de acordo com o grau de complexidade econômica dos produtos importados.

Tabela 3 – Importações Regionais por Grau de Complexidade Econômica – 10/2023 (valores em milhões de USD/FOB).
Grau de Complexidade Valor das Imp. 22 % do Total 22 Valor das Imp. 23 % do Total 23 Var. % 22/23
Baixa 10,74 0,61% 5,54 0,43% -48,42%
Média-baixa 85,18 4,88% 146,65 11,31% 72,16%
Média-alta 1295,36 74,14% 853,38 65,83% -34,12%
Alta 335,19 19,18% 266,07 20,52% -20,62%
Total 1715,73 1266,1
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

Houve queda dos valores importados para a maioria das categorias de complexidade. A categoria de baixa complexidade apresentou decrescimento de -48,42%; a de média-baixa, crescimento de 72,16%; a de média-alta, decrescimento de -34,12%; e a de alta apresentou queda de -20,62%. As importações de bens de média-alta e alta complexidade representaram mais de 86% do valor de todos os produtos importados.

Balança Comercial 12 meses

A Tabela 4 traz os dados da balança comercial da RMC para os últimos 12 meses.

Tabela 4 – Balança Comercial Regional 12 meses (valores em milhões de USD/FOB).
Mês/Ano Valor das Exp. % EXP RMC/SP Valor das Imp. % IMP RMC/SP Saldo RMC Saldo SP
NOV/22 447,71 7,26% 1465,03 22,91% -1017,32 -226,62
DEZ/22 413,8 6,4% 1299,98 20,53% -886,18 134,79
JAN/23 431,7 7,98% 1293,13 21,08% -861,43 -725,31
FEV/23 376,44 8,25% 989,96 19,15% -613,52 -606,35
MAR/23 509,58 7,49% 1333,11 19,86% -823,53 94,87
ABR/23 465,91 7,85% 1211,55 20,58% -745,64 51,25
MAI/23 523,67 7,71% 1193,2 18,85% -669,53 465,1
JUN/23 482,93 7,39% 1147,2 19,81% -664,27 744,46
JUL/23 448,47 6,93% 1249,71 20% -801,25 222,32
AGO/23 489,63 7,19% 1472,93 22,63% -983,3 299,15
SET/23 401,22 6,45% 1233 21,87% -831,78 582,56
OUT/23 480,64 6,8% 1296,41 20,19% -815,77 651,86
Total 5471,7 15185,21 -9713,52 1688,08
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

As importações atingiram a marca dos 15,18 bilhões de dólares, enquanto as exportações somaram 5,47 bilhões. O desequilíbrio entre importações e exportações rendeu um déficit comercial regional de -9,71 bilhões de dólares – o saldo estadual foi de 1,68 bilhão no mesmo período.

Tabela 5 – Principais produtos exportados pela RMC em 12 meses (valores em milhões de USD/FOB)[3].
NCM Produto Valor Exp. 22 Var. % 21/22 Grau de Complexidade
8429 Tratores 377,45 13,38% Média-alta
3004 Medicamentos (exceto antissoros e vacinas) 314,60 3,13% Média-alta
8703 Automóveis de passageiros (exceto vans e ônibus maiores) 226,62 -18,4% Média-alta
8708 Partes e acessórios de veículos 222,71 14,84% Média-alta
2710 Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos 221,90 63,3% Média-baixa
8414 Bombas, compressores, ventiladores e exaustores de ar ou de vácuo 176,83 6,65% Média-alta
4011 Pneus 170,15 -13,58% Média-alta
8409 Partes de motores 163,97 -15,72% Média-alta
1602 Preparações e conservações de carne 120,24 -6,82% Média-alta
2713 Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos 119,40 169045,48% Média-baixa
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

A Tabela 5 traz o valor exportado dos principais produtos da pauta regional, em 12 meses, bem como a variação em relação aos 12 meses anteriores. Esses produtos totalizam aproximadamente 38,63% das exportações totais no período. Nota-se que a maior parte dos produtos apresentou crescimento das suas exportações. O destaque vai para óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, que cresceu 63,3% e coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos de petróleo, que cresceu 169045,48% no período. Automóveis de passageiros, entretanto, foi o destaque negativo, com uma queda de -18,4% nos últimos 12 meses.

A Tabela 6 traz o valor importado dos principais produtos da pauta regional, em 12 meses, bem como a variação em relação ao mesmo período do ano anterior.

Tabela 6 – Principais produtos importados pela RMC em 12 meses (valores em milhões de USD/FOB).
NCM Produto Valor Imp. 22 Var. % 21/22 Grau de Complexidade
3808 Agroquímicos 1.798,30 -31,01% Média-alta
2933 Compostos heterocíclicos exclusivamente de hetero-átomos de nitrogênio 987,21 -25,09% Média-alta
8542 Circuitos eletrônicos 848,15 -26,14% Alta
8517 Aparelhos telefônicos 705,82 -20,02% Média-alta
2934 Ácidos nucleicos e seus sais, de constituição química definida ou não; outros compostos heterocíclicos. 536,58 1,66% Alta
3002 Sangue humano e animal para uso terapêutico e vacinas 467,30 32,29% Média-alta
3004 Medicamentos (exceto antissoros e vacinas) 440,77 26,93% Média-alta
8708 Partes e acessórios de veículos 390,02 -12,34% Média-alta
8471 Máquinas para processamento de dados 361,30 -8,2% Média-alta
2710 Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos 325,40 2786,53% Média-baixa
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

Os produtos listados na Tabela 6 totalizam aproximadamente 45,18% das importações realizadas pela RMC no período. Houve queda nas importações em quase todos os produtos, com exceção de ácidos nucleicos e seus sais, sangue humano e animal para uso terapêutico e vacinas, medicamentos e óleos de petróleo ou de minerais betuminosos. Em relação aos produtos que apresentaram crescimento das importações o destaque vai para óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, que cresceu 2786,53% no período.

Assumindo que as importações estão relacionadas às atividades econômicas das cadeias à frente dos produtos considerados, há indícios de desaceleração nas indústrias ligadas a esses insumos. É importante ressaltar que nesse período pode ter tido algum aumento de preços dos insumos importados, podendo elevar o valor das importações também pelo efeito preço.

A Tabela 7 traz as exportações para os 10 principais destinos da RMC, em 12 meses, bem como a variação das exportações por destino em relação aos 12 meses anteriores.

Tabela 7 – Destinos das Exportações da RMC (valores em milhões de USD/FOB, acumulado 12 meses).
País Exportações 12 meses Participação 12 meses Variação 12 meses
Estados Unidos 1.020,83 18,66% 20,61%
Argentina 964,31 17,62% -13,48%
México 400,93 7,33% 6,58%
Alemanha 301,22 5,5% -9,63%
Chile 289,99 5,3% -14,25%
Colômbia 236,94 4,33% -11,71%
Peru 189,23 3,46% 4,59%
Paraguai 180,42 3,3% 3,8%
China 164,07 3% -48,25%
Países Baixos (Holanda) 106,59 1,95% 25,16%
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

Houve queda do valor exportado para 5 dos 10 principais destinos da RMC. Argentina, Alemanha, Chile e Colômbia e China apresentaram variação negativa do seu valor exportado (da RMC) nos últimos 12 meses. A China mantém uma queda expressiva que persiste há meses. É notável também o crescimento das exportações para os Estados Unidos e Países Baixos, que cresceram 20,61% e 25,16%, respectivamente, nos últimos 12 meses.

A Tabela 8 traz os dados para as 10 principais origens das importações da RMC, em 12 meses, bem como a variação das importações por origem em relação aos 12 meses anteriores.

Tabela 8 – Origens das Importações da RMC (valores em milhões de USD/FOB, acumulado 12 meses).
País Importações 12 meses Participação 12 meses Variação 12 meses
China 3.904,73 25,71% -33,62%
Estados Unidos 2.177,58 14,34% -11,79%
Alemanha 1.092,25 7,19% -7,84%
Índia 809,74 5,33% -8,82%
Japão 656,15 4,32% -12,03%
Coreia do Sul 615,77 4,06% -12,86%
Vietnã 556,71 3,67% -10,19%
França 547,84 3,61% -4,38%
Rússia 422,56 2,78% 216,55%
México 395,86 2,61% -10,08%
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

À exceção da Rússia, importações com origem em todos os principais países da pauta apresentaram uma variação negativa no período. As importações da China caíram -33,62%, enquanto as importações russas apresentaram um crescimento de 216,55%.

A Tabela 9 traz os dados da balança comercial para os municípios da RMC, em 12 meses.

Tabela 9 – Balança Comercial dos Munícipios da RMC, 12 meses (valores em milhões de USD/FOB).
Município Valor Exp. % Exp. RMC Valor Imp. % Imp. RMC Saldo
CAMPINAS 1.126,50 20,59% 3.292,21 21,68% -2.165,71
INDAIATUBA 921,01 16,83% 1.567,43 10,32% -646,42
PAULINIA 848,09 15,5% 4.457,90 29,36% -3.609,81
VINHEDO 446,25 8,16% 1.115,63 7,35% -669,38
AMERICANA 429,04 7,84% 408,50 2,69% 20,54
SUMARE 411,41 7,52% 874,02 5,76% -462,61
ITATIBA 196,09 3,58% 439,93 2,9% -243,84
VALINHOS 194,11 3,55% 524,89 3,46% -330,78
SANTA BARBARA D’OESTE 193,68 3,54% 181,46 1,19% 12,22
COSMOPOLIS 163,42 2,99% 78,25 0,52% 85,17
SANTO ANTONIO DE POSSE 128,97 2,36% 101,21 0,67% 27,76
NOVA ODESSA 98,05 1,79% 79,80 0,53% 18,25
MONTE MOR 95,51 1,75% 158,32 1,04% -62,81
HORTOLANDIA 83,71 1,53% 890,55 5,86% -806,84
JAGUARIUNA 61,33 1,12% 914,92 6,03% -853,59
PEDREIRA 41,90 0,77% 10,35 0,07% 31,55
ARTUR NOGUEIRA 16,50 0,3% 34,56 0,23% -18,06
ENGENHEIRO COELHO 10,85 0,2% 2,68 0,02% 8,17
HOLAMBRA 3,02 0,06% 45,34 0,3% -42,32
MORUNGABA 2,27 0,04% 7,26 0,05% -4,99
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação.

Previsões e perspectivas para 2023

As análises mais recentes do Observatório PUC-Campinas apontam para um ano de queda expressiva nas importações (var. -20,49%) e leva queda das exportações (var. -1,86%). Em relação as últimas previsões, nota-se que os dados de exportação do mês 10/2023 indicaram uma melhora na taxa de variação das exportações (previsão anterior era de queda de -3,86%); já as previsões das exportações mantiveram-se com os dados deste mês (previsão anterior era de queda de -20,65%). A redução das importações pode estar relacionada a queda no valor importado tanto de bens acabados como bens intermediários. Reduções expressivas na importação de bens intermediários indicam, em geral, queda do ritmo da produção industrial.

  1. USD – dólares americanos; FOB – free on board.
  2. A agregação em grupos de complexidade é elaborada por metodologia própria do Observatório PUC-Campinas, com base nos dados produzidos e divulgados pelo Observatório de Complexidade Econômica (OCE). Produtos mais complexos são produzidos em economias mais avançadas e estão associados a maiores taxas de crescimento.
  3. Categorias dos produtos estão em formato simplificado, verifique o código NCM ao lado dos produtos para ver todos os produtos da categoria em questão.

 



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