Observatório PUC-Campinas
Informativo Mensal: Cesta Básica Campinas
Responsável: Prof. Me. Pedro de Miranda Costa
Assistente: Alex Antônio Villalta Nunes
Volume 3 | N. 05 | 2024
Informações Rápidas
Introdução
O Observatório PUC-Campinas publica o custo da cesta básica e variações de preços na cidade de Campinas, referente ao mês de abril de 2024.
A cesta básica em Campinas apresentou um recuo de 1,78%, no mês de abril de 2024. A cesta ficou no valor de R$ 736,29, com uma redução de R$ 13,38 comparado ao mês de março. Esse recuo acompanha o ocorrido em 7 capitais do país.
Considerando-se o custo da Cesta e a preconização de que o salário-mínimo seja suficiente para a aquisição de 3 cestas, o valor do salário-mínimo necessário deveria ser de R$ 2.208,88. Ainda, com os valores atualizados, uma só Cesta compromete 52,2 % do valor do salário-mínimo vigente.
Composição da Cesta Básica
Na tabela abaixo são apresentados, como de praxe, os itens e quantidades componentes da Cesta, conforme metodologia do DIEESE:
Fonte: DIEESE
Custo da Cesta Básica e Variações e participação
No mês de abril/24, o custo da cesta básica para uma pessoa na cidade de Campinas foi de R$ 736,29, apresentando uma redução de 1,78%. Essa queda, a segunda consecutiva, levou a cesta a seu menor valor no ano de 2024. Apesar disso, em relação a dez/2023 a Cesta apresenta alta acumulada no ano de 3,12%.
Dos 13 itens pesquisados, 7 apresentaram redução em seus preços, e 6 apresentaram alta.
Na tabela a seguir são apresentadas as variações de cada item e seu peso na cesta.
Fonte: Observatório PUC-Campinas
Nos gráficos abaixo estão indicadas as variações (percentuais e em R$) de cada item no mês de abril/24 em relação a março/24.
Fonte: Observatório PUC-Campinas
Fonte: Observatório PUC-Campinas
O item com alta mais impactante foi o tomate, com aumento de 3,43%, representando um custo adicional na cesta. Essa alta foi reportada no mercado atacadista como devido ao aumento das temperaturas ocasionando em perda de qualidade durante o mês de março/24.
Dentre os itens que apresentaram redução, os itens que se destacaram foram a batata (11,12%), carne (4,43%) e feijão (3,76%). Em termos de valores, esses 3 itens formam responsáveis pelo barateamento da cesta em R$ 17,46.
Olhando para as variações acumuladas nos 4 meses do ano, chama a atenção dentre as ALTAS:
Tomate 15,45%
Feijão 13,93% (apesar da redução em abril)
Banana 12,84%
Já entre as BAIXAS:
Batata -8,39%
Óleo de Soja -5,06%
Farinha de Trigo -4,79%
Abaixo, apresentamos um gráfico da variação dos preços dos itens, que compõem a cesta básica, desde o início do ano de 2024 até o mês de abril.
Fonte: Observatório PUC-Campinas
Comparativos com Outras Capitais
Apresenta-se no gráfico abaixo o comparativo com outras 17 capitais com apuração do CUSTO da cesta básica por parte do DIEESE.
Fonte: DIEESE e Observatório PUC-Campinas
No comparativo com as 17 capitais cujos custos da cesta básica são apurados pelo DIEESE, Campinas coloca-se em 5º lugar.
No gráfico abaixo há o comparativo da VARIAÇÃO do custo da cesta em Campinas, em relação ao outras capitas:
Fonte: DIEESE e Observatório PUC-Campinas
Comparando com as capitais da região sudeste, a redução no custo de 1,78% em Campinas ficou próximo à variação ocorrida no Rio de Janeiro (-1,37%). Vitória também apresentou redução (-0,35), em Belo Horizonte a variação ficou próxima de estabilidade, enquanto na cidade de São Paulo houve alta de 1,18%.
Assim como em março, na região Nordeste ocorreram as maiores variações positivas no custo da cesta.
Evolução nos últimos 12 meses
Fonte: Observatório PUC-Campinas
No ano de 2024, o custo da cesta básica na cidade de Campinas apresenta uma alta acumulada de 3,12%. Esse valor é obtido pela comparação entre o valor do mês de abril (R$ 736,29) com aquele que vigorava em dezembro/23 (R$ 714,04).
A redução observada em abril, de R$ 749,67 em março para R$ 736,29, reforça a tendência de superação o ciclo de altas. Porém, alguns itens ainda apresentam altas acumuladas importantes.
Além disso, há preocupação sobre o impacto nos preços de alguns itens, (especialmente no preço do arroz), resultantes das cheias no Rio Grande do Sul, uma vez que o estado é o principal produtor brasileiro do cereal. No momento em que publicamos esse boletim, o ministério da Agricultura está anunciando medidas no sentido de suprir as restrições do produto com importações. É importante que se fique atento tanto à efetiva execução dessas medidas, como a evitar ações que estimulem ou recompensem comportamentos especulativos.