Informativo Mensal
Balança Comercial da Região Metropolitana de Campinas
Volume 6 | N. 12 | 2023
Responsável:
Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira
Assistente técnico:
João Lucas Alves da Silva
Sumário Executivo
Este informativo apresenta e discute os principais dados da balança comercial da RMC para o mês 11/2023. Os dados utilizados nas análises são da base do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além dos dados quantitativos, agregados e desagregados por município, apresenta-se a qualificação da pauta de exportação e importação da RMC a partir de cruzamentos dos dados de comércio com os Índices de Complexidade de Produtos (PCI), calculados pelo Observatório de Complexidade Econômica do MIT Media Lab. Por fim, este informativo é concluído com uma previsão do comportamento da balança comercial para o ano de 2023.
Dentre as informações analisadas, destacam-se:
Em 11/2023:
- Diminuição de -6,01% nas exportações e diminuição de -19,83% nas importações da RMC, resultando em queda de -25,91% no déficit comercial regional;
- As participações nas importações e exportações do estado de São Paulo (SP) foram de 20,84% e 6,43%, respectivamente, a menor desde 2017 para as importações e a menor dos últimos 10 anos para as exportações;
Em 12 meses:
- Diminuição de -2,82% nas exportações e diminuição de -18,34% nas importações da RMC, resultando em queda de -25,22% no déficit comercial regional;
- Destaca-se o crescimento do valor das exportações de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos e de coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos de petróleo;
- Destaca-se a queda do valor importado de agroquímicos, compostos heterocíclicos de nitrogênio, circuitos eletrônicos e medicamentos;
- Houve aumento relativo das exportações para a metade de todos os principais destinos, com destaque para Estados Unidos e Países Baixos, e queda relativa das exportações para a China;
- Houve aumento relativo das importações de praticamente todas as principais origens, com destaque para China, México, Japão e Estados Unidos.
Em suma, para além dos problemas estruturais do déficit comercial regional causados pela dependência das importações de insumos externos, as exportações mostram piora da atividade do setor externo da RMC, em 11/2023, em relação ao mesmo período do ano anterior.
É importante ressaltar que as estatísticas de volume de comércio, baseadas em valores monetários, podem sofrer impactos inflacionários relevantes no período.
Balança Comercial 11/2023
A Tabela 1 traz os dados da balança comercial da RMC para os meses de novembro entre 2013 e 2023.
Tabela 1 – Balança Comercial da RMC para os meses de novembro (valores em milhões de USD/FOB)[1] | ||||||
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Mês/Ano | Valor Exp. | % Exp. SP | Valor Imp. | % Imp. SP | Saldo RMC | Saldo SP |
NOV/13 | 406,87 | 8,11% | 1.225,27 | 17,75% | -818,40 | -1.887,08 |
NOV/14 | 323,90 | 7,7% | 1.126,31 | 19,29% | -802,40 | -1.632,10 |
NOV/15 | 300,48 | 7,72% | 945,32 | 19,65% | -644,84 | -919,15 |
NOV/16 | 346,74 | 8,08% | 853,35 | 19,85% | -506,61 | -7,32 |
NOV/17 | 391,71 | 8,74% | 1.045,33 | 19,74% | -653,62 | -811,86 |
NOV/18 | 379,18 | 8,02% | 1.131,22 | 21,45% | -752,04 | -543,48 |
NOV/19 | 366,94 | 8,22% | 1.095,27 | 21,61% | -728,33 | -605,04 |
NOV/20 | 339,88 | 8,12% | 1.143,49 | 22,28% | -803,61 | -945,32 |
NOV/21 | 405,50 | 8,27% | 1.357,10 | 23,4% | -951,60 | -896,58 |
NOV/22 | 447,71 | 7,26% | 1.465,03 | 22,91% | -1.017,32 | -226,62 |
NOV/23 | 420,79 | 6,43% | 1.174,51 | 20,84% | -753,72 | 908,56 |
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
O mês de novembro é tradicionalmente um mês de menor volatilidade nos valores históricos das exportações, além de apresentar uma mediana histórica menor dos valores importados, iniciando o processo de queda das importações ao fim de ano. A mediana para os valores das exportações também é menor se comparada com mediana típica do mês anterior. A partir dos dados da Tabela 1, é possível verificar que as exportações de 11/2023 foram de 420,79 milhões de dólares, apresentando um decrescimento de -6,01% em relação ao mesmo período de 2022. Esse valor corresponde ao segundo maior para o mês em 10 anos, atrás apenas de novembro de 2022. Além disso, a participação nas exportações do estado de São Paulo foi de 6,43%, o que todavia indica que a RMC reduziu sua participação nas exportações do estado quando comparado com o mesmo período em 2022, sendo esta a menor participação do período.
As importações totalizaram 1,17 bilhão de dólares, no mesmo período, representando um decrescimento de -19,83% em comparação a 11/2022. A participação da RMC nas importações do estado foi de 20,84%, a menor participação para o mês desde 2017. O saldo negativo da balança comercial, -753,72 milhões de dólares, sofreu queda de -25,91% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os principais produtos responsáveis pela redução do valor exportado foram medicamentos (var. -0,24%), partes e acessórios de veículos (var. -2,15%) e tratores (var. -43,32%). Dentre as altas, destaca-se óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (var. 7%), automóveis de passageiros (var. 30,61%) e coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (var. 64122,28%).
Nas importações, as principais quedas deram-se para agroquímicos (var. -11,60%), circuitos eletrônicos (var. -7,98%) e ácidos nucleicos (var. -55,47%). Destaca-se, porém, alta no valor de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (var. 1276,39%), aparelhos telefônicos (var. 0,26%) e sangue humano e animal para uso terapêutico e vacinas (var. 54,20%).
A Tabela 2 mostra as exportações da RMC para 11/2023, agregadas de acordo com o grau de complexidade dos produtos[2]. Produtos considerados mais complexos são produzidos em países com maior grau de sofisticação tecnológica das estruturas produtivas, portanto, com maiores níveis de produtividade e renda.
Tabela 2 – Exportações Regionais por Grau de Complexidade Econômica – 11/2023 (valores em milhões de USD/FOB). | |||||
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Grau de Complexidade | Valor das Exp. 22 | % do Total 22 | Valor das Exp. 23 | % do Total 23 | Var. % 22/23 |
Baixa | 8,4 | 1,88% | 13,28 | 3,16% | 58,1% |
Média-baixa | 72,89 | 16,28% | 78,95 | 18,76% | 8,31% |
Média-alta | 329,43 | 73,58% | 276,89 | 65,8% | -15,95% |
Alta | 34,2 | 7,64% | 39,41 | 9,37% | 15,23% |
Total | 436,52 | 395,25 | |||
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
Houve aumento das exportações para a maior parte das categorias de complexidade. A de baixa complexidade, teve aumento de 58,1%; a média-baixa complexidade teve aumento de 8,31%; média-alta complexidade teve queda de -15,95%; e a de alta complexidade teve aumento de 15,23%. Contudo, mais de 75% das exportações da região se concentraram em produtos de média-alta e alta complexidade.
A Tabela 3 mostra as importações da RMC em 11/2023, agregadas de acordo com o grau de complexidade econômica dos produtos importados.
Tabela 3 – Importações Regionais por Grau de Complexidade Econômica – 11/2023 (valores em milhões de USD/FOB). | |||||
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Grau de Complexidade | Valor das Imp. 22 | % do Total 22 | Valor das Imp. 23 | % do Total 23 | Var. % 22/23 |
Baixa | 7,58 | 0,52% | 5,54 | 0,47% | -26,91% |
Média-baixa | 88,13 | 6,02% | 136,96 | 11,66% | 55,41% |
Média-alta | 1037,55 | 70,82% | 772,03 | 65,73% | -25,59% |
Alta | 308,7 | 21,07% | 234,76 | 19,99% | -23,95% |
Total | 1434,38 | 1143,75 | |||
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
Houve queda dos valores importados para a maioria das categorias de complexidade. A categoria de baixa complexidade apresentou decrescimento de -26,91%; a de média-baixa, crescimento de 55,41%; a de média-alta, decrescimento de -25,59%; e a de alta apresentou queda de -23,95%. As importações de bens de média-alta e alta complexidade representaram mais de 85% do valor de todos os produtos importados.
Balança Comercial 12 meses
A Tabela 4 traz os dados da balança comercial da RMC para os últimos 12 meses.
Tabela 4 – Balança Comercial Regional 12 meses (valores em milhões de USD/FOB). | ||||||
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Mês/Ano | Valor das Exp. | % EXP RMC/SP | Valor das Imp. | % IMP RMC/SP | Saldo RMC | Saldo SP |
DEZ/22 | 413,8 | 6,4% | 1299,98 | 20,53% | -886,18 | 134,79 |
JAN/23 | 431,7 | 7,98% | 1293,09 | 21,08% | -861,38 | -724,91 |
FEV/23 | 376,44 | 8,25% | 989,95 | 19,15% | -613,51 | -606,43 |
MAR/23 | 509,58 | 7,49% | 1333,11 | 19,86% | -823,53 | 94,65 |
ABR/23 | 465,91 | 7,85% | 1211,04 | 20,59% | -745,13 | 54,44 |
MAI/23 | 523,6 | 7,71% | 1192,66 | 18,85% | -669,05 | 465,47 |
JUN/23 | 482,93 | 7,39% | 1147,2 | 19,81% | -664,27 | 745,78 |
JUL/23 | 448,56 | 6,94% | 1250,02 | 20% | -801,46 | 214,94 |
AGO/23 | 489,67 | 7,19% | 1475,38 | 22,65% | -985,71 | 299,61 |
SET/23 | 401,36 | 6,46% | 1233,06 | 21,87% | -831,7 | 572,63 |
OUT/23 | 480,77 | 6,93% | 1296,44 | 20,2% | -815,68 | 522,31 |
NOV/23 | 420,79 | 6,43% | 1174,51 | 20,84% | -753,72 | 908,56 |
Total | 5445,11 | 14896,44 | -9451,32 | 2681,84 | ||
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
As importações atingiram a marca dos 14,89 bilhões de dólares, enquanto as exportações somaram 5,44 bilhões. O desequilíbrio entre importações e exportações rendeu um déficit comercial regional de -9,45 bilhões de dólares – o saldo estadual foi de 2,68 bilhões no mesmo período.
Tabela 5 – Principais produtos exportados pela RMC em 12 meses (valores em milhões de USD/FOB)[3]. | ||||
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NCM | Produto | Valor Exp. 22 | Var. % 21/22 | Grau de Complexidade |
8429 | Tratores | 363,97 | 6,12% | Média-alta |
3004 | Medicamentos (exceto antissoros e vacinas) | 314,54 | 0,89% | Média-alta |
8703 | Automóveis de passageiros (exceto vans e ônibus maiores) | 230,00 | -15,75% | Média-alta |
2710 | Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos | 223,10 | 55,52% | Média-baixa |
8708 | Partes e acessórios de veículos | 222,28 | 11,78% | Média-alta |
8414 | Bombas, compressores, ventiladores e exaustores de ar ou de vácuo | 180,12 | 9% | Média-alta |
4011 | Pneus | 162,28 | -19,93% | Média-alta |
8409 | Partes de motores | 158,85 | -19,1% | Média-alta |
2713 | Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos | 133,14 | 312885,36% | Média-baixa |
1602 | Outras preparações e conservas de carne, de miudezas ou de sangue | 122,20 | -1,19% | Média-alta |
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
A Tabela 5 traz o valor exportado dos principais produtos da pauta regional, em 12 meses, bem como a variação em relação aos 12 meses anteriores. Esses produtos totalizam aproximadamente 38,76% das exportações totais no período. Nota-se que a maior parte dos produtos apresentou crescimento das suas exportações. O destaque vai para óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, que cresceu 55,52% e coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos de petróleo, que cresceu 312885,36% no período (devido à base de cálculo do período anterior pequena). Automóveis de passageiros e pneus, entretanto, foram os destaques negativos, com quedas de -15,75% e 19,93% nos últimos 12 meses, respectivamente.
A Tabela 6 traz o valor importado dos principais produtos da pauta regional, em 12 meses, bem como a variação em relação ao mesmo período do ano anterior.
Tabela 6 – Principais produtos importados pela RMC em 12 meses (valores em milhões de USD/FOB). | ||||
---|---|---|---|---|
NCM | Produto | Valor Imp. 22 | Var. % 21/22 | Grau de Complexidade |
3808 | Agroquímicos | 1.776,35 | -30,99% | Média-alta |
2933 | Compostos heterocíclicos exclusivamente de hetero-átomos de nitrogênio | 889,05 | -35,57% | Média-alta |
8542 | Circuitos eletrônicos | 842,65 | -24,91% | Alta |
8517 | Aparelhos telefônicos | 705,95 | -16,93% | Média-alta |
2934 | Ácidos nucleicos e seus sais, de constituição química definida ou não; outros compostos heterocíclicos. | 489,85 | -16,69% | Alta |
3002 | Sangue humano e animal para uso terapêutico e vacinas | 483,87 | 34,3% | Média-alta |
3004 | Medicamentos (exceto antissoros e vacinas) | 444,71 | 25,13% | Média-alta |
2710 | Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos | 392,27 | 2416,79% | Média-baixa |
8708 | Partes e acessórios de veículos | 386,69 | -13,3% | Média-alta |
8471 | Máquinas para processamento de dados | 341,81 | -18,85% | Média-alta |
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
Os produtos listados na Tabela 6 totalizam aproximadamente 45,34% das importações realizadas pela RMC no período. Houve queda nas importações em quase todos os produtos, com exceção de sangue humano e animal para uso terapêutico e vacinas, medicamentos e óleos de petróleo ou de minerais betuminosos. Em relação aos produtos que apresentaram crescimento das importações o destaque vai para óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, que cresceu 2416,79% no período. Já nos destaques negativos, agroquímicos e compostos heterocíclicos de nitrogênio registraram queda expressiva de mais de 30%.
Assumindo que as importações estão relacionadas às atividades econômicas das cadeias à frente dos produtos considerados, há indícios de desaceleração nas indústrias ligadas a esses insumos. É importante ressaltar que nesse período pode ter tido algum aumento de preços dos insumos importados, podendo elevar o valor das importações também pelo efeito preço.
A Tabela 7 traz as exportações para os 10 principais destinos da RMC, em 12 meses, bem como a variação das exportações por destino em relação aos 12 meses anteriores.
Tabela 7 – Destinos das Exportações da RMC (valores em milhões de USD/FOB, acumulado 12 meses). | |||
---|---|---|---|
País | Exportações 12 meses | Participação 12 meses | Variação 12 meses |
Estados Unidos | 1.000,84 | 18,38% | 15,98% |
Argentina | 959,22 | 17,62% | -13,34% |
México | 393,71 | 7,23% | 2% |
Chile | 288,27 | 5,29% | -13,63% |
Alemanha | 285,93 | 5,25% | -16,7% |
Colômbia | 231,66 | 4,25% | -15,18% |
Peru | 197,42 | 3,63% | 7,46% |
China | 183,61 | 3,37% | -40,85% |
Paraguai | 176,74 | 3,25% | 0,16% |
Países Baixos (Holanda) | 114,11 | 2,1% | 29,36% |
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
Houve queda do valor exportado para 5 dos 10 principais destinos da RMC. Argentina, Chile, Alemanha, Colômbia e China apresentaram variação negativa do seu valor exportado (da RMC) nos últimos 12 meses. A China mantém uma queda expressiva que persiste há meses. É notável também o crescimento das exportações para os Estados Unidos e Países Baixos, que cresceram 15,98% e 29,36%, respectivamente, nos últimos 12 meses.
A Tabela 8 traz os dados para as 10 principais origens das importações da RMC, em 12 meses, bem como a variação das importações por origem em relação aos 12 meses anteriores.
Tabela 8 – Origens das Importações da RMC (valores em milhões de USD/FOB, acumulado 12 meses). | |||
---|---|---|---|
País | Importações 12 meses | Participação 12 meses | Variação 12 meses |
China | 3.713,11 | 24,93% | -37,61% |
Estados Unidos | 2.128,48 | 14,29% | -14,89% |
Alemanha | 1.082,30 | 7,27% | -9,11% |
Índia | 782,94 | 5,26% | -12,18% |
Japão | 639,52 | 4,29% | -14,99% |
Coreia do Sul | 632,31 | 4,24% | -7,79% |
Vietnã | 561,46 | 3,77% | -7% |
França | 548,80 | 3,68% | -3,98% |
Rússia | 484,95 | 3,26% | 272,7% |
México | 384,60 | 2,58% | -15,94% |
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Observatório de Complexidade Econômica e do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
À exceção da Rússia, as importações com origem em todos os 10 principais países da pauta apresentaram uma variação negativa no período. As importações da China caíram -37,61%, enquanto as importações russas apresentaram um crescimento de 272,7%.
A Tabela 9 traz os dados da balança comercial para os municípios da RMC, em 12 meses.
Tabela 9 – Balança Comercial dos Munícipios da RMC, 12 meses (valores em milhões de USD/FOB). | |||||
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Município | Valor Exportado | % Exp. RMC | Valor Importado | % Imp. RMC | Saldo |
CAMPINAS | 1.136,86 | 20,88% | 3.320,51 | 22,29% | -2.183,65 |
INDAIATUBA | 904,57 | 16,61% | 1.526,79 | 10,25% | -622,22 |
PAULÍNIA | 845,84 | 15,53% | 4.238,63 | 28,45% | -3.392,79 |
VINHEDO | 444,13 | 8,16% | 1.088,75 | 7,31% | -644,62 |
SUMARÉ | 414,26 | 7,61% | 877,92 | 5,89% | -463,66 |
AMERICANA | 404,29 | 7,42% | 402,17 | 2,7% | 2,12 |
VALINHOS | 196,99 | 3,62% | 529,45 | 3,55% | -332,46 |
ITATIBA | 196,66 | 3,61% | 440,39 | 2,96% | -243,73 |
SANTA BÁRBARA D’OESTE | 196,03 | 3,6% | 179,60 | 1,21% | 16,43 |
COSMÓPOLIS | 157,98 | 2,9% | 83,65 | 0,56% | 74,33 |
SANTO ANTÔNIO DE POSSE | 130,81 | 2,4% | 101,02 | 0,68% | 29,79 |
MONTE MOR | 100,29 | 1,84% | 156,28 | 1,05% | -55,99 |
NOVA ODESSA | 97,24 | 1,79% | 77,37 | 0,52% | 19,87 |
HORTOLÂNDIA | 81,58 | 1,5% | 866,42 | 5,82% | -784,84 |
JAGUARIÚNA | 65,29 | 1,2% | 908,72 | 6,1% | -843,43 |
PEDREIRA | 39,65 | 0,73% | 10,20 | 0,07% | 29,45 |
ARTUR NOGUEIRA | 16,25 | 0,3% | 32,73 | 0,22% | -16,48 |
ENGENHEIRO COELHO | 11,04 | 0,2% | 2,66 | 0,02% | 8,38 |
HOLAMBRA | 3,09 | 0,06% | 46,36 | 0,31% | -43,27 |
MORUNGABA | 2,25 | 0,04% | 6,82 | 0,05% | -4,57 |
Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Ministério de Indústria, Comércio, Serviços e Inovação. |
Previsões e perspectivas para 2023
As análises mais recentes do Observatório PUC-Campinas apontam para um ano de queda expressiva nas importações (var. -20,35%) e leva queda das exportações (var. -2,20%). Em relação as últimas previsões, nota-se que os dados de exportação do mês 11/2023 indicaram uma piora na taxa de variação das exportações (previsão anterior era de queda de -1,86%); já as previsões das importações mantiveram-se com os dados deste mês (previsão anterior era de queda de -20,49%). A redução das importações pode estar relacionada a queda no valor importado tanto de bens acabados como bens intermediários. Reduções expressivas na importação de bens intermediários indicam, em geral, queda do ritmo da produção industrial.
- USD – dólares americanos; FOB – free on board. ↑
- A agregação em grupos de complexidade é elaborada por metodologia própria do Observatório PUC-Campinas, com base nos dados produzidos e divulgados pelo Observatório de Complexidade Econômica (OCE). Produtos mais complexos são produzidos em economias mais avançadas e estão associados a maiores taxas de crescimento. ↑
- Categorias dos produtos estão em formato simplificado, verifique o código NCM ao lado dos produtos para ver todos os produtos da categoria em questão. ↑