Informativo Mensal Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de Campinas Janeiro/ 2021

PROFESSOR EXTENSIONISTA

Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Introdução:

Este informativo apresentará os indicadores do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Campinas (RMC) para o mês de dezembro de 2020 e segue o mesmo padrão dos informativos anteriores para que possa ser feito o acompanhamento e evolução do emprego formal no ano de 2020.

A fonte das informações para a apresentação das informações é o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pela Secretaria Especial de Trabalho do Ministério da Economia (ST/ME), a partir de abril de 2020.

Neste informativo, com o objetivo de complementar as informações do ano de 2020, serão apresentados os dados acerca dos Acordos realizados no âmbito do Programa de Flexibilização do Contrato de Trabalho (Benefício Emergencial), cuja fonte também é a Secretaria Especial de Trabalho do Ministério da Economia (ST/ME). E o quadro geral de mercado de trabalho será discutido a partir dos dados da PNAD/IBGE.

  1. Destaques
  2. Ao contrário do observado no mercado de trabalho no Brasil, em dezembro, o saldo negativo de 3.100 postos na RMC interrompe a trajetória de crescimento do emprego formal observada desde julho de 2020. Com esse resultado, a RMC encerra o ano de 2020 com um saldo negativo de 4.164 postos de trabalho.
  3. Com exceção de Nova Odessa, todos os demais municípios que compõem a RMC apresentaram saldos negativos na geração de emprego. Com a perda de mais 918 postos de trabalho, o município de Campinas acumula a maior perda absoluta: 5,7 mil empregos no ano.
  4. Tal como o município de Campinas, a despeito da recuperação no segundo semestre, Valinhos, Americana, Jaguariúna e Holambra não recuperaram o emprego formal perdidos nos meses de abril e maio. Enquanto os municípios de Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Hortolândia fecharam 2020 com saldo positivo.
  5. Por escolaridade, o saldo negativo de 2.151 postos de trabalho (70% das vagas perdidas) atingiu os trabalhadores com ensino superior. Por faixa etária, o ajuste negativo foi concentrado nas faixas de 30 a 39 anos e de 50 a 64 anos. Vale ressaltar que, ao longo do ano de 2020, mesmo nas fases de recuperação nas faixas mais maduras, o saldo se manteve negativo.
  6. Por gênero, as mulheres representaram 43% da queda do emprego em dezembro.
  7. Por setor de atividade, a queda de vagas em dezembro se distribuiu da seguinte maneira:
    • No segmento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e setor de serviços, foi observado o maior ajuste negativo, com a perda de 3.001 postos de trabalho em dezembro.
    • Na indústria de transformação, a queda de 1.169 postos de trabalho interrompeu a trajetória de geração de emprego.
    • O comércio, com a geração de 942 novos postos, e os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a geração de 466 postos, compensaram a queda observada nos outros setores.
  8. Os dados dos 499,7 mil acordos de flexibilização do contrato realizados por 261,5 mil trabalhadores (28% dos empregados) em 2020:
  9. 60% acordos foram para suspensão total da jornada ou para suspensão de 70% dela.
  10. As mulheres realizaram 48,5% dos acordos.
  11. 46% dos acordos foram realizados nas atividades pertencentes ao setor de serviços e 30% na indústria.
  12. Por faixa etária, 67% dos acordos foram realizados por trabalhadores de 30 a 39 anos.
  13. Os dados da PNAD-Covid (IBGE) mostram que até novembro de 2020 mais 803 mil voltaram a participar do mercado de trabalho, porém apenas 527 mil encontraram algum tipo de ocupação, formal ou informal. Os demais ficaram desempregados.

Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (1992), mestrado em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2002).É professora-extensionista da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com vínculo integral de 40 horas semanais. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia dos Recursos Humanos, atuando principalmente nos seguintes temas: mercado de trabalho, política pública e economia solidária. (Fonte: Currículo Lattes)


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