PROFESSOR EXTENSIONISTA
Profa. Dra. Eliane Navarro Rosandiski
Introdução:
Este informativo dará início aos indicadores de mercado de trabalho da Região Metropolitana de Campinas (RMC) para o ano de 2021. Para permitir a comparação, ele continua seguindo o mesmo padrão dos informativos anteriores: apresenta os dados do mercado de trabalho formal e alguns dados gerais do mercado de trabalho nacional.
A fonte das informações do mercado de trabalho formal é o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pela Secretaria Especial de Trabalho do Ministério da Economia (ST/ME). O quadro geral de mercado de trabalho será apresentado a partir dos dados da PNAD-Contínua/IBGE.
Em função do atraso na divulgação das informações, neste informativo serão apresentados, para o mercado de trabalho formal, os dados de janeiro e fevereiro.
I- DESTAQUES
- O ano de 2020 se encerrou com 944.717 empregos formais na RMC. Já 2021 se iniciou com uma significativa recuperação do emprego formal. Nos meses de janeiro e fevereiro, foram criados 18.261 postos, dos quais 13,6 mil no mês de fevereiro. Esse comportamento positivo na geração de postos de trabalho formais também foi observado no Estado de São Paulo e no Brasil.
- Com a geração de 6.098 postos de trabalho, o município de Campinas lidera essa recuperação no bimestre. Os municípios de Americana e Indaiatuba também se destacam com a abertura de 1.964 e 1.509 postos, respectivamente.
- Por escolaridade, 68% do saldo positivo de postos de trabalho foram ocupados por trabalhadores com ensino médio. Por faixa etária, o perfil dos selecionados foi mais diluído: 37% com idade de 18 a 24 anos, 23% na faixa etária de 30 a 39 anos e 17% na faixa de 40 a 49 anos.
- Por gênero, as mulheres ocuparam apenas 37% dos empregos gerados na RMC.
- Por setor de atividade, a geração de emprego no bimestre se distribuiu da seguinte maneira: a)a Indústria de Transformação, com 5,9 mil postos, foi responsável por 1/3 dos novos postos de trabalho; b)dentre os segmentos que compõem as atividades de Serviços, os destaques são: o (i) segmento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana; e o (ii) de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativa, que juntos geraram mais de 8,3 mil postos; c) a construção civil foi responsável pela criação de 1,9 mil postos; d) já o comércio e os serviços de alojamento e alimentação apresentaram um comportamento mais modesto, juntos geraram pouco mais de 1,5 mil postos.
- Os dados da PNAD-contínua (IBGE) mostram que em janeiro de 2021: a)14,2 milhões de pessoas estavam desempregadas. Ao longo do ano de 2020, essa taxa de desemprego cresceu 19,8%, dos quais 2 pontos percentuais foram no último trimestre; b)a taxa de participação no mercado de trabalho caiu de 61,8% para 56,8%; c)apesar do crescimento no trimestre, a população ocupada, estimada em 86 milhões de pessoas, ainda está 8,6% abaixo da observada no mesmo período em 2020; d)o crescimento médio de 2% dos ocupados no último trimestre foi concentrado nas seguintes categorias: trabalhadores domésticos (+4,5%), por conta própria (+4,7%) e empregados sem carteira assinada (+3,6%); e)por setor de atividade, os maiores destaques foram as atividades agropecuária (+2,7%), construção civil (+3,0%) e serviços de informação (+3,1%). Com exceção das atividades de serviços de saúde, nenhum outro setor recuperou as perdas no ano de 2020; f)por fim, a massa salarial acumulou uma queda de 6,9%, dos quais 0,9 pontos percentuais foram no último trimestre.












